O museu não recebe visitantes desde quinta-feira

DA SUCURSAL DO RIO

Residência de verão da Família Real, por conta do clima mais ameno, o atual Museu Imperial de Petrópolis, localizado na região serrana do Rio (a 68 km da capital), foi fechado anteontem para visitações.
A diretora Martha de Lourdes Parreiras Horta tomou a decisão após 18 funcionários terem solicitado a transferência para outra unidade por discordarem da administração do museu. Ainda não há previsão para a reabertura.
Parreiras Horta responde a uma investigação interna do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) por improbidade administrativa. Os funcionários que pediram para sair da instituição alegaram perseguição dentro do museu.
O diretor do Departamento de Museu do instituto, José do Nascimento Jr., afirmou que o Museu Imperial poderia estar aberto ainda que sem os 18 funcionários, que tiveram o pedido de transferência aceito e foram alocados no Palácio Rio Negro, na mesma cidade.
"O museu tem 30 funcionários, e 18 saíram. Era possível ficar com as portas abertas. O museu conseguiu funcionar durante a greve dos servidores, então era possível agora", disse Nascimento Jr.
A secretária de Parreiras Horta afirmou que a diretora enviaria um e-mail à imprensa, o que não havia ocorrido até a conclusão desta edição.
Nascimento Jr. afirmou que diretores do Iphan se reuniriam na tarde de ontem para decidir se a diretora permaneceria no cargo, e qual seria a data de reabertura do museu.
Para ele, a unidade tem condições de abrir as portas para visitação ainda hoje.
O Museu Imperial de Petrópolis possui um acervo de peças da monarquia brasileira, além de objetos e documentos particulares de dom Pedro 2º. A jóia mais famosa é a coroa imperial.

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