São Paulo, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

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Visconde do Rio Seco ficou conhecido pela corrupção

DA REPORTAGEM LOCAL

É em "homenagem" ao visconde do Rio Seco que se popularizaram provérbios como "quem pouco furta é ladrão, quem muito furta, barão". Ele tornou-se um dos homens mais ricos do Brasil e ocupou diversos cargos de confiança de d. João 6º, inclusive como diretor do Banco do Brasil (que foi fundado em 1812 e já estava quebrado em 1820). Virou sinônimo de maracutaia.
Foi o encarregado de organizar às pressas a travessia da corte para o Brasil quando as tropas de Napoleão já avançavam em direção a Lisboa.
O livro de Rio Seco resgatado pelo Museu Imperial mostra o caráter da administração pública no período e é um exímio jogo de empurra, nesse caso para as costas de d. João, que já estava longe no período da publicação (1821). Começa com os preparativos da viagem, quando ele foi encarregado de distribuir os nobres nos navios e a população tentava entender (e era desinformada) sobre a movimentação da corte. Curiosamente, o próprio Rio Seco quase ficou para trás. Para Jurandir Malerba, autor de "A Corte no Exílio", o livro é um importante material de consulta e foi muito trabalhado desde o clássico "D. João 6º no Brasil", de Oliveira Lima (1867-1928).


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