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Antonio Houaiss é homenageado hoje
da Sucursal do Rio
O filólogo e escritor Antonio
Houaiss, morto no início de março, será homenageado hoje na 9ª
Bienal Internacional do Livro por
seu trabalho na elaboração de um
dicionário da língua portuguesa e
por seus esforços para a unificação
ortográfica entre os países que
usam o idioma.
A homenagem acontece no estande do Instituto Camões, no espaço destinado a Portugal na bienal. Participarão os ministros da
Cultura do Brasil, Francisco Weffort, e de Portugal, Manuel Maria
Carrilho.
Além da homenagem, que acontece às 16h30, Houaiss será lembrado no estande da editora Objetiva, que lançará o "Dicionário
Houaiss" no final do próximo ano.
A editora montou um quiosque
onde será apresentada uma pequena mostra da obra, ainda não finalizada. Em um terminal de computador, alguns dos verbetes já concluídos do dicionário poderão ser
consultados pelo público.
O "Dicionário Houaiss" vai reunir cerca de 300 mil palavras e locuções -será o mais completo dicionário já lançado no país.
Para cada um dos verbetes, foram coletadas informações ortográficas, etimológicas, históricas e
fonéticas.
Antonio Houaiss começou a organizar o dicionário em 1986. Depois de sete anos, o trabalho parou
por falta de recursos, só sendo retomado em 1997. A obra tem um
custo estimado em R$ 6 milhões.
Uma equipe de cerca de 30 lexicógrafos, coordenada por Mauro
Villar, sobrinho de Houaiss, organiza o dicionário, que já está com
praticamente todas as suas definições coletadas. Outros 50 colaboradores auxiliam na elaboração do
dicionário.
De acordo com Villar, a equipe
cuida agora do trabalho de releitura e revisão do dicionário, para que
sua data de lançamento seja mantida.
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