São Paulo, sábado, 21 de maio de 2005

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Intimidade com dramas marca obra

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O neurologista britânico Oliver Sacks é conhecido internacionalmente por obras com títulos inusitados como "O Homem que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu" e "Um Antropólogo em Marte". Observador atento de distúrbios neurológicos e seu impacto sobre a vida dos pacientes, Sacks mostra precisão científica e intimidade com as palavras em seus nove livros, traduzidos para 22 línguas. Seus livros mais recentes são "Oaxaca Journal" (ainda não traduzido para o português) e "Tio Tungstênio - Memórias de uma Infância Química".
Sacks nasceu em Londres, em 1933, filho de médicos. Graduou-se em medicina no Queens College e foi para os EUA nos anos 60, em busca de "frescor e aventura", primeiro na Califórnia, depois em Nova York, onde mora até hoje.
Em 1966, Sacks passou a trabalhar no Beth Abraham Hospital, no Bronx. Foi lá que o médico encontrou um grupo de pacientes vitimados por uma doença encefalite letárgica, muitos dos quais haviam passado décadas num estado congelado. Ao tratá-los com uma droga experimental, conseguiu trazê-los de volta à vida. O drama se transformou em sucesso de bilheteria com o filme "Tempo de Despertar", com Robin Williams e Robert De Niro.
Sacks gosta de citar o escritor russo Anton Tchecov: "Medicina é minha legítima mulher, e literatura é minha amante". Sua principal preocupação é entender a adaptação a diferentes doenças neurológicas, e o que essa experiência pode nos ensinar sobre a mente e o cérebro humano.
Hoje é professor de neurologia no Albert Einstein College of Medicine e professor-adjunto de neurologia da Escola de Medicina da New York University. (LL)

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