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Intimidade com dramas marca obra
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O neurologista britânico Oliver
Sacks é conhecido internacionalmente por obras com títulos inusitados como "O Homem que
Confundiu Sua Mulher com um
Chapéu" e "Um Antropólogo em
Marte". Observador atento de
distúrbios neurológicos e seu impacto sobre a vida dos pacientes,
Sacks mostra precisão científica e
intimidade com as palavras em
seus nove livros, traduzidos para
22 línguas. Seus livros mais recentes são "Oaxaca Journal" (ainda
não traduzido para o português) e
"Tio Tungstênio - Memórias de
uma Infância Química".
Sacks nasceu em Londres, em
1933, filho de médicos. Graduou-se em medicina no Queens College e foi para os EUA nos anos 60,
em busca de "frescor e aventura",
primeiro na Califórnia, depois em
Nova York, onde mora até hoje.
Em 1966, Sacks passou a trabalhar no Beth Abraham Hospital,
no Bronx. Foi lá que o médico encontrou um grupo de pacientes
vitimados por uma doença encefalite letárgica, muitos dos quais
haviam passado décadas num estado congelado. Ao tratá-los com
uma droga experimental, conseguiu trazê-los de volta à vida. O
drama se transformou em sucesso de bilheteria com o filme
"Tempo de Despertar", com Robin Williams e Robert De Niro.
Sacks gosta de citar o escritor
russo Anton Tchecov: "Medicina
é minha legítima mulher, e literatura é minha amante". Sua principal preocupação é entender a
adaptação a diferentes doenças
neurológicas, e o que essa experiência pode nos ensinar sobre a
mente e o cérebro humano.
Hoje é professor de neurologia
no Albert Einstein College of Medicine e professor-adjunto de
neurologia da Escola de Medicina
da New York University.
(LL)
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