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DOCUMENTÁRIO
TV expõe as mil e uma faces de Ziraldo
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Desenhista, quadrinista, chargista nacional e internacional,
ilustrador publicitário, pai, marido, avô, preso, tema de samba-enredo, criador de livros infantis,
não há nada que Ziraldo, 70, não
tenha feito. Tem, sim, corrige o
amigo de longa data e parceiro de
"Pasquim" Sérgio Cabral: ele não
conseguiu cantar bolero.
Estrela do terceiro -e melhor- documentário da série
"Profissão Cartunista", realizado
pela carioca Marisa Furtado, as
diversas fases da vida do mineiro
de Caratinga são lembradas em
dois episódios, de uma hora cada,
que vão ao ar amanhã e na próxima sexta na Rede SescSenac.
Como contadores de "causos",
ninguém melhor do que aqueles
por quem Ziraldo tem mais estima, os velhos amigos de escola,
como Pimentel, Galileu e Alan
-que, nos anos 60, emprestariam o nome para as personagens
da "Turma do Pererê"-, os irmãos Zélio e Geraldinho, os filhos
Antônio, Fabrizia e Daniela e os
companheiros de profissão Paulo
Caruso, Miguel Paiva, Sérgio Cabral, entre outros.
Apurando as técnicas de animação empregadas nos dois primeiros programas da série ("Will Eisner" e "Henfil"), Furtado oferece
em "Ziraldo em Profissão Cartunista" uma vasta e "remasterizada" iconografia dos pontos altos
da carreira do cartunista, das já
clássicas tiras da série "Super-Mãe" ao não menos antológico
"Jeremias, o Bom", sem deixar de
passar, claro, pelos infantis "Menino Maluquinho" e "Flicts" e pelo "come-quieto" "Mineirinho".
Mais voltado para a ascensão do
"mito" Ziraldo -ele nega o título-, o episódio que vai ao ar
amanhã mostra a paixão do artista pelas HQs estrangeiras e sua
posterior luta pela nacionalização
da profissão, nos anos 50, até o
golpe militar de 1964 e a chegada
do homem à Lua. Polêmico e
combativo, o Ziraldo de "O Pasquim" e da luta pela anistia fica
para a edição da próxima semana.
ZIRALDO EM PROFISSÃO
CARTUNISTA. Quando: amanhã e 29/8,
às 21h, na Rede SescSenac.
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