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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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DOCUMENTÁRIO

TV expõe as mil e uma faces de Ziraldo

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Desenhista, quadrinista, chargista nacional e internacional, ilustrador publicitário, pai, marido, avô, preso, tema de samba-enredo, criador de livros infantis, não há nada que Ziraldo, 70, não tenha feito. Tem, sim, corrige o amigo de longa data e parceiro de "Pasquim" Sérgio Cabral: ele não conseguiu cantar bolero.
Estrela do terceiro -e melhor- documentário da série "Profissão Cartunista", realizado pela carioca Marisa Furtado, as diversas fases da vida do mineiro de Caratinga são lembradas em dois episódios, de uma hora cada, que vão ao ar amanhã e na próxima sexta na Rede SescSenac.
Como contadores de "causos", ninguém melhor do que aqueles por quem Ziraldo tem mais estima, os velhos amigos de escola, como Pimentel, Galileu e Alan -que, nos anos 60, emprestariam o nome para as personagens da "Turma do Pererê"-, os irmãos Zélio e Geraldinho, os filhos Antônio, Fabrizia e Daniela e os companheiros de profissão Paulo Caruso, Miguel Paiva, Sérgio Cabral, entre outros.
Apurando as técnicas de animação empregadas nos dois primeiros programas da série ("Will Eisner" e "Henfil"), Furtado oferece em "Ziraldo em Profissão Cartunista" uma vasta e "remasterizada" iconografia dos pontos altos da carreira do cartunista, das já clássicas tiras da série "Super-Mãe" ao não menos antológico "Jeremias, o Bom", sem deixar de passar, claro, pelos infantis "Menino Maluquinho" e "Flicts" e pelo "come-quieto" "Mineirinho".
Mais voltado para a ascensão do "mito" Ziraldo -ele nega o título-, o episódio que vai ao ar amanhã mostra a paixão do artista pelas HQs estrangeiras e sua posterior luta pela nacionalização da profissão, nos anos 50, até o golpe militar de 1964 e a chegada do homem à Lua. Polêmico e combativo, o Ziraldo de "O Pasquim" e da luta pela anistia fica para a edição da próxima semana.


ZIRALDO EM PROFISSÃO CARTUNISTA. Quando: amanhã e 29/8, às 21h, na Rede SescSenac.


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