São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2010 |
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POEMA A Via Crucis foi uma selvageria,/ a Crucifixão uma brutalidade;/ mas em três, quatro horas, acabou a agonia,/ baixou a eternidade. Eu vivo aqui, crucificada noite e dia,/ carrego da manhã à tarde/ o meu lenho de opróbrio e a noite me excrucia,/ lenta, fria, covarde. Ah, como eu preferia/ que me crucificassem de uma vez, sem o alarde/ de algum terceiro dia! Mas toca-me seguir nessa monotonia,/ a agonia de alçar-me do catre/ e abrir de novo os braços, vazia./ "Via Crucis", poema de "As Horas de Katharina"
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