São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 2002

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BARBARA GANCIA

Xuxa ainda vai pegar Don King para empresário

A perseguição à Regina Duarte continua. Nos últimos dias, recebi uma dúzia de e-mails pedindo esclarecimentos sobre a participação da atriz na campanha de José Serra. "A Globo não tinha proibido seus funcionários de participar de campanhas eleitorais?", indaga o leitor Wagner Iglesias.
Vamos colocar os pingos nos "is", de uma vez por todas: o que a Globo estabeleceu foi que quem quisesse participar do horário político teria de avisar a emissora com três meses de antecedência. Vale lembrar que Regina não está no ar. Ela só aparece na reprise de "Por Amor", no vespertino "Vale a Pena Ver de Novo".
Eu sei, eu sei que uma pá de leitores reclama de que dou muita trela para a Xuxa, mas o que posso fazer se a rainha dos baixinhos, metáfora da acefalia tapuia, não cessa de nos pregar peças? No outro domingo, ela usurpou o espaço que lhe foi cedido por Fausto Silva para se vingar, de forma velada e nem tanto, de Marlene Mattos. Faustão, conhecido pela boa vontade com os amigos, ficou lá parado com cara de Patolino, enquanto Xuxa descia o sarrafo na ex-parceira. Do jeito que vai, a apresentadora ainda acabará por contratar Don King para ser seu novo empresário.
E na semana em que o líder de audiência dos programas da tarde foi um bebê de duas cabeças, o cantor Belo fez um périplo pelos programas de auditório e foi aplaudido e reverenciado por onde passou. Recusando-se a falar sobre aquele probleminha ínfimo com o narcotráfico que o levou para trás das grades, Belo se apresentou como se nada tivesse acontecido.
E eu bem que tinha avisado que o anão do programa do Mion não era flor que se cheirasse. Ao ver o Belo no palco, ele deu uma de fã histérica dos Beatles e acabou consentindo que seu maior sonho era ser o cantor.
Desconheço as músicas do Belo e nem sei se ele tem talento. Só sei que está envolvido até as orelhas em acusações de favorecimento de tráfico de drogas, que vem a ser um dos problemas-chave do país. Recebê-lo de braços abertos em programas de auditório nestas circunstâncias é de uma irresponsabilidade que beira o "kleberismo", síndrome, você sabe, que faz apresentadores de TV ficarem desprovidos da qualidade de julgar o que é ético e moral.
Jô Soares está nos devendo. Faltou-lhe interesse, concentração e uma pitada de lição de casa na entrevista com a surpreendente médica Thais Russomano, única astronauta brazuca. Os fãs das viagens espaciais exigem nova entrevista. Desta vez, com o gordo inspirado de sempre.

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