|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SAIBA MAIS
Atriz teve sua cia. entre os anos 40 e 70
DE REPORTAGEM LOCAL
Quando mocinha, 14, 15
anos, Maria Della Costa gostava de "botar salto alto e se
borrar com a maquiagem".
Ela nasceu Gentilie Maria
Marchioro Della Costa, no
município de Flores da Cunha, na serra gaúcha, filha de
um caçador e de uma roceira. Devido à difícil relação
com o pai, mãe e filha mudaram-se para Porto Alegre.
Quando chegou ao Rio de
Janeiro, Bibi Ferreira a convidou para fazer uma ponta
em "A Moreninha" (1945).
Contava 19 anos.
No final dos anos 40, ela e o
marido Sandro Polloni fundaram a cia. Maria Della
Costa. Em 1953, vão à Itália e
trazem o diretor e cenógrafo
Gianni Ratto para inaugurar
o teatro da r. Paim, 72, bairro
da Bela Vista. Entre os autores encenados até 74, quando a cia. acaba, estão Górki,
O'Neill, Goldoni, Lorca, Arthur Miller, Brecht, Guarnieri, Nelson Rodrigues...
Encenou grandes autores
até 1974, quando a cia. acabou. Della Costa fez poucas
incursões pelo cinema e pela
televisão. "Para ser atriz, comi o pão que o diabo amassou. Não foi como hoje,
quando qualquer modelo
faz teatro e menina bonita
entra fácil na mídia", diz.
Neste ano, ela ficou 15 dias
internada por causa de infecção nos brônquios, mas
passa bem. A atriz não pôde
ter filhos. "Se tivesse, teria
abandonado o teatro. Jamais
deixaria meu filho nas mãos
de quem quer que fosse. Eu
lhe daria carinho, coisa que
não tive muito na infância,
só por parte de minha mãe.
Mas não sou infeliz por isso.
Fiz muitas mães no palco."
(VS)
Texto Anterior: Artes cênicas: Guerreira, Della Costa ressurge em festa e livro Próximo Texto: Crítica: Obra foge do academicismo, mas falha como referência Índice
|