São Paulo, Terça-feira, 21 de Dezembro de 1999 |
|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TRECHO DO ROTEIRO "O senhor retorna suarento de sua inspeção ao engenho. O calor dos tachos ferve-lhe o sangue por dentro. Agachada junto ao rio, a saia erguida sobre as coxas, a mucama esfrega a roupa branca da sinhazinha. "Definitivamente", conclui o "coronel", pensando na perna peluda da "patroa", o buço bigodudo emoldurando a boca magra, guarnecida de dentes cinzentos, "definitivamente, este país não vai pra frente sem um pé muito bem fincado na cozinha." Os pintores acadêmicos brasileiros capricham na ingênua beleza desnuda de nossas ninfas caboclas. Sargentelli apresenta a Di Cavalcanti algumas "mulatas que não estão no mapa" (...). Ergue-se um país vívido de amor. É com tesão que fundamos o nacional-brasileiro." Texto Anterior: Murilo Salles investiga o "jeitinho" brasileiro Próximo Texto: Diretor vai adaptar romance policial de Garcia Roza Índice |
|