DA REDAÇÃO

Com a exposição de Picasso, Paris, de uma certa maneira, vem até São Paulo. A relação entre as duas cidades, no entanto, já foi mais forte e mais desigual, quando São Paulo, nas primeiras décadas do século 20, olhava para Paris com reverência.
Para marcar o aniversário de SP, a relação entre as duas cidades e, em particular, a influência de Paris sobre São Paulo são temas da exposição "São Paulo-450 Anos-Paris", organizada pela diplomata Anne Louyot e pelos cineastas Maria Pidner e Jurandir Müller.
A mostra é parte de um projeto que inclui um colóquio sobre questões urbanas no Sesc e dois eventos, em maio, em Paris, além da presença do prefeito da capital francesa, Bertrand Delanoë, em SP.
A exposição é dividida em três núcleos, um histórico, sob curadoria de Carlos Augusto Calil, e outros dois sobre artistas contemporâneos brasileiros e franceses, com curadoria de Agnaldo Farias e obras de Cássio Vasconcellos, Olivier Menanteau, Raul Mourão, Geórgia Kyriakakis e Dora longo Bahia, entre outros.
No núcleo histórico, os laços culturais entre as duas cidades são mostrados através de fotografias, mobiliário e documentos da "belle époque" aos anos 20, dos "Tragipoëmes" que José de Freitas Valle escrevia sob o pseudônimo de Jacques d'Avray às "Feuilles de Route" de Blaise Cendrars, que percorria o caminho inverso, rumo à cultura brasileira.
(ALEXANDRA MORAES)