São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2004

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DOCUMENTÁRIO

"Urbanismo" examina "explosão" de SP

DA REDAÇÃO

Quem somos, que cidade é essa, o que queremos dela? As questões são propostas pelo documentário "Urbanismo em São Paulo -Passado, Presente, Futuro" ao examinar a explosão urbana da cidade de São Paulo no século 20.
Arquitetos, urbanistas e engenheiros expõem definições e redefinições para SP e para a relação entre a cidade e as pessoas.
O crescimento do Centro, na última década dos oitocentos, é o motor da investigação. "À primeira vista, não existe nenhum arranha-céu. Na segunda, aparece um, o Martinelli, que surge como um monstro no meio da paisagem. E a terceira, vinte e poucos anos depois, tem o Martinelli submerso no meio dos novos arranha-céus", comenta o engenheiro João Emilio Gerodetti.
Segundo o arquiteto Candido Malta Filho, a cidade recorreu aos instrumentos desenvolvidos na Europa, como desapropriação, leis de zoneamento e de loteamento e código de obras -que, proposto em 1918, determinava um número máximo de nove pavimentos por edifício e foi derrubado pela Câmara dos Vereadores, que permitiu prédios com até três vezes a largura da rua. Foi o que deu origem ao próprio Martinelli, cuja construção, entre 1922 e 29, aproveitou o alargamento da avenida São João para 30 metros e chegou aos 90 metros de altura, rompendo "com a volumetria européia que estava se esboçando", segundo Malta Filho.
A opção pelo automóvel em detrimento do metrô também é abordada, bem como o deslocamento do comércio na cidade das ruas e galerias para os shopping centers.
(ALEXANDRA MORAES)


URBANISMO EM SÃO PAULO - PASSADO, PRESENTE, FUTURO.
Quando: hoje, às 21h, na Rede SescSenac



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