São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

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Mônica Bergamo

@ - bergamo@folhasp.com.br

Julia Moraes/Folha Imagem
José Wilker chega ao camarote da Grande Rio


"Salvador é essa mistura de ritmos, essa energia do povo baiano. Não tem como não ser pego por essa corrente", diz o ator Reynaldo Gianecchini, na terça-feira de um Carnaval no qual só circulou cercado por seguranças e isolado pelas cordas das áreas VIP dos camarotes. "Tenho que ficar assim [cercado], se não causa tumulto. Não dá pra sair no meio de todo mundo. É até perigoso."
 

Gianecchini está na pista de dança do trio de Fatboy Slim, onde, por sinal, foi visto beijando a atriz Gisele Itié. Durante o dia, passeou "de barco, com uns amigos".
 

Ao lado dele, o cantor Junior Lima, sem Sandy e com a namorada (Julia), também não se incomoda em ser menos um na multidão. "Eu não passo vontade de descer [com o restante do povo], não. Não acho que lá embaixo seja mais divertido", diz, diante dos foliões do trio. À tarde, aliás, o casal J*J recomendou à produção do Amaralina Beach Lounge, evento organizado em uma praia fechada, que não queria ser fotografado em traje de banho. "É que é chato. Eu não quero aparecer de sunga."
 

A atriz Regina Casé evita os cordões de isolamento. "Quanto mais você se prende, mais você vai se tornando uma pessoa "inaquicessível'", diz, tomando um picolé de brigadeiro. O ator Lázaro Ramos diz que adora "dançar no meio da pipoca" e até tentou deixar o camarote da revista "Contigo!", no sábado, sem escolta. Foi cercado pela multidão e teve que voltar. "Só voltei porque a produção mandou. Mas eu teria conseguido passar, sem problemas."
 

Sobre o trio de Fatboy Slim, a modelo inglesa Sarah Qaiser, namorada do DJ Bushwacka, conta que o relacionamento com o astro lhe traz muitas alegrias. "Sou convidada para muitas coisas legais, com muita gente bonita, como essa festa aqui, com essas pessoas adoráveis. Amo isso tudo", diz, antes de dar tapinhas no bumbum do namorado. "As pessoas do Brasil incríveis", concorda ele.
 

E a caravana dos governadores chega à sua estação final. Depois de visitar Recife e o Rio, Sérgio Cabral (RJ), Eduardo Campos (PE) e Jaques Wagner (BA) estão no camarote 2222. Definição de Wagner para a jornada: "Nós somos o Expresso 2222: dois dias no Recife, dois no Rio, dois na Bahia e dois dias em Minas Gerais, pagando os pecados do Carnaval".
 

Passa o trio "100 Anos de Forró". Com as mãos pra cima, Cabral dança o funk: "Prende geral/ Prende geral/ Prende geral/ Ca-cha-ça!". "Você vai ver! Neste ano vai ter o PAC, o Programa de Aceleração do Cabral", comentava ele logo depois, fumando um cigarrinho de palha. Ao seu lado, Jaques Wagner, de champanhe na mão, é o mais animado, dançando para lá e para cá. "Água! Bebe água", sugere a mulher, Fátima.
 

Felizes, Fátima e Jaques se despedem dos amigos depois das 3h. Fátima, cantarolando sambas em voz alta, até sobe na cadeira. "Meu Deus! Essa é a mulher do governador", brinca Wagner, sorrindo. Os dois se abraçam e caminham rumo à saída.
 

A deputada carioca Marina Magessi, que ganhou projeção como inspetora da Polícia Civil, divide a mesa com a colega Denise Frossard. Marina conta que sempre fugiu do Rio no Carnaval. "Lá fica tudo muito tranqüilo, não tem muitas ocorrências. Todos os bandidos estão desfilando nas escolas de samba. Para a polícia, é até monótono."
 

Fim de folia: o ator Douglas Silva, de "Cidade de Deus", anda mancando. "Acho que me diverti demais", lamenta. A atriz Camila Morgado, sempre cercada por um grupo de amigos homens, está cansada. "Ainda bem que encontrei um hotel ótimo no Pelourinho, que tem um spa muito bom. Eu acordo e já fico morgadinha."


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