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CDs
POP
I do Not Want What I Haven't Got
SINÉAD O'CONNOR
Gravadora: EMI; Quanto: R$ 45, em média (duplo);
Avaliação: ótimo
Antes de abraçar causas humanitárias a
granel, produzir reggae e rasgar foto do
papa, Sinéad cantava. E como. Seu segundo álbum, relançado quase 20
anos depois, serve para lembrar disso. A voz clara e metálica segura
quase sozinha faixas e tudo no disco comove, inclusive a clássica "Nothing Compares 2 U".
POR QUE OUVIR: Pelo gordo disco de extras, com dez faixas -duas
delas nunca lançadas. Cantando Cole Porter em "You Do Something
to Me", ela mostra que estranheza pode ser bem sexy.
(CHICO FELITTI)
ROCK
Island Life
COLETÂNEA
Gravadora: Universal; Quanto: R$ 50, em média;
Avaliação: ótimo
Com um subtítulo desses ("50 Years os
Island Records") fica difícil não fazer
um CD bacana, mesmo que triplo. São
hits garimpados no extenso catálogo do selo de gravação que lançou
canções de U2 (aqui presente com "Pride"), Cat Stevens ("Moon Shadow"), Roxy Music ("Love Is the Drug"), B-52's ("Rock Lobster"),
Emerson, Lake & Palmer ("Lucky Man") e Free ("All Right Now"), mas
não parou no tempo. Seus últimos sucessos, afinal, são Fratellis
("Chelsea Dagger") e Amy Winehouse ("Rehab").
POR QUE OUVIR: O terceiro CD do álbum traz clássicos revisitados.
Destaque para o Keane com sua versão de "Disco 2000", do Pulp.
(IF)
INSTRUMENTAL
Caleidoscópio
HENRIQUE BAND
Gravadora: independente; Quanto: R$ 30, em média;
Avaliação: ótimo
Um John Coltrane filtrado por Moacir
Santos, "Caleidoscópio" abre o CD mostrando a capacidade do saxofonista de
ser jazzístico e extremamente brasileiro. Às vezes ele é mais Coltrane,
em outras é mais Moacir, e há as faixas marcadamente nacionais, como "Marco Zero" -com direito a canto de embolada do pernambucano
Spok- e "Sanfoneiro". Resulta em saborosa salada, feita por um carioca que tem sangue russo, belga, indiano, uruguaio, basco-francês...
POR QUE OUVIR: A versão dançante do medley "Bala com Bala"/
"Cobra Criada", melodias de João Bosco, fecha em grande estilo o
disco.
(LUIZ FERNANDO VIANNA)
MPB
Feriado Pessoal
BRUNA CARAM
Gravadora: Dabliú; Quanto: R$ 20, em média;
Avaliação: regular
Sobre seu segundo CD, Bruna Caram
diz, "brincando", que a faixa "Caminho
pro Interior" (Otávio Toledo/ J.C. Costa
Netto) é "meio Mallu Magalhães". A remissão à fofura folk da colega
ressalta também o que falta a este "Feriado Pessoal" -personalidade.
Mallu, goste-se ou não, imprime seu estilo no que canta, o que não fica
claro nas escolhas de Caram, 22. Uma das mais belas vozes da nova geração, a cantora vasculha influências nas regravações e inéditas deste
álbum lançado três anos e meio após "Essa Menina", mas não vai além
do que a já surrada safra de "jovens cantoras" vem mostrando.
POR QUE OUVIR: A paulista se sai bem no desafio de interpretar
com graça "Gatas Extraordinárias" (Caetano Veloso) e mostra seu
potencial na boa "Nascer de Novo" (Dani Black).
(RAQUEL COZER)
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