São Paulo, quarta-feira, 22 de julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CDs

POP
I do Not Want What I Haven't Got
SINÉAD O'CONNOR
Gravadora: EMI; Quanto: R$ 45, em média (duplo); Avaliação: ótimo
Antes de abraçar causas humanitárias a granel, produzir reggae e rasgar foto do papa, Sinéad cantava. E como. Seu segundo álbum, relançado quase 20 anos depois, serve para lembrar disso. A voz clara e metálica segura quase sozinha faixas e tudo no disco comove, inclusive a clássica "Nothing Compares 2 U".
POR QUE OUVIR: Pelo gordo disco de extras, com dez faixas -duas delas nunca lançadas. Cantando Cole Porter em "You Do Something to Me", ela mostra que estranheza pode ser bem sexy. (CHICO FELITTI)

ROCK
Island Life
COLETÂNEA
Gravadora: Universal; Quanto: R$ 50, em média;
Avaliação: ótimo
Com um subtítulo desses ("50 Years os Island Records") fica difícil não fazer um CD bacana, mesmo que triplo. São hits garimpados no extenso catálogo do selo de gravação que lançou canções de U2 (aqui presente com "Pride"), Cat Stevens ("Moon Shadow"), Roxy Music ("Love Is the Drug"), B-52's ("Rock Lobster"), Emerson, Lake & Palmer ("Lucky Man") e Free ("All Right Now"), mas não parou no tempo. Seus últimos sucessos, afinal, são Fratellis ("Chelsea Dagger") e Amy Winehouse ("Rehab").
POR QUE OUVIR: O terceiro CD do álbum traz clássicos revisitados. Destaque para o Keane com sua versão de "Disco 2000", do Pulp. (IF)

INSTRUMENTAL
Caleidoscópio
HENRIQUE BAND
Gravadora: independente; Quanto: R$ 30, em média;
Avaliação: ótimo
Um John Coltrane filtrado por Moacir Santos, "Caleidoscópio" abre o CD mostrando a capacidade do saxofonista de ser jazzístico e extremamente brasileiro. Às vezes ele é mais Coltrane, em outras é mais Moacir, e há as faixas marcadamente nacionais, como "Marco Zero" -com direito a canto de embolada do pernambucano Spok- e "Sanfoneiro". Resulta em saborosa salada, feita por um carioca que tem sangue russo, belga, indiano, uruguaio, basco-francês...
POR QUE OUVIR: A versão dançante do medley "Bala com Bala"/ "Cobra Criada", melodias de João Bosco, fecha em grande estilo o disco. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

MPB
Feriado Pessoal
BRUNA CARAM
Gravadora: Dabliú; Quanto: R$ 20, em média;
Avaliação: regular
Sobre seu segundo CD, Bruna Caram diz, "brincando", que a faixa "Caminho pro Interior" (Otávio Toledo/ J.C. Costa Netto) é "meio Mallu Magalhães". A remissão à fofura folk da colega ressalta também o que falta a este "Feriado Pessoal" -personalidade. Mallu, goste-se ou não, imprime seu estilo no que canta, o que não fica claro nas escolhas de Caram, 22. Uma das mais belas vozes da nova geração, a cantora vasculha influências nas regravações e inéditas deste álbum lançado três anos e meio após "Essa Menina", mas não vai além do que a já surrada safra de "jovens cantoras" vem mostrando.
POR QUE OUVIR: A paulista se sai bem no desafio de interpretar com graça "Gatas Extraordinárias" (Caetano Veloso) e mostra seu potencial na boa "Nascer de Novo" (Dani Black). (RAQUEL COZER)


Texto Anterior: Música: Arctic Monkeys busca inspiração em Hendrix
Próximo Texto: Cultuado, quarteto Fellini se reúne para único show em SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.