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CLOSE-UP PLANET
Cantora islandesa, Marcelo D2 e Mike Paradinas se apresentaram anteontem no Rio de Janeiro
Björk vem da terra encantada e dá show no Rio
LEANDRO FORTINO
enviado especial ao Rio
Björk veio da Terra Encantada.
Usando calça e vestido, brancos,
com duas asas sanfonadas debaixo
de cada braço e descalça, Björk encerrou a primeira noite do festival
Close-Up Planet, anteontem, no
Rio, que ainda contou com os
shows de Marcelo D2 e do projeto
u-Ziq, de Mike Paradinas.
Poucas horas antes da apresentação, a cantora islandesa passou o
dia no parque de diversões Terra
Encantada, bem ao lado do Metropolitan, na Barra da Tijuca, onde o
show foi realizado com a metade
da capacidade do local ocupada.
Acompanhada de um octeto de
cordas e de um produtor que operava o sampler, Björk abriu a apresentação com seu último hit,
"Hunter", e seguiu o mesmo clima etéreo até mais da metade da
apresentação, misturando a delicadeza de instrumentos como violino e celo com o peso dos
"beats" eletrônicos do trip hop.
Nos camarotes do Metropolitan
circulavam famosos como Baby
do Brasil, Fernanda Abreu, Daúde, Marisa Monte, Paulo Ricardo,
Marina e Milton Nascimento, de
quem a cantora é fã assumida
(Milton disse que gostava mais do
último CD de Björk, mas não sabia
o nome do álbum da cantora,
"Homogenic").
E quem disse que no Rio de Janeiro não há clubbers? Na pista
circulavam "modernos" por todos os lados: roupas de plástico,
homens maquiados, cabelos descoloridos, óculos escuros como
tiara e o público GLS carioca. Todos vieram prestigiar a cantora,
uma das figuras mais queridas dos
adeptos da cultura dos clubes.
Mas eles só começaram a ferver
de verdade quando Björk cantou
seu primeiro sucesso no Brasil, a
bela "Isobel", do álbum "Post",
que abriu espaço para as músicas
eletrônicas mais voltadas para as
pistas, como "Human Behavior"
e "Hyperballad", que, pela animação da platéia, foi a faixa que
mais emplacou.
Björk ainda cantou "Violently
Happy" e "Pluto", antes de se
despedir com o velho "oprigado"
já batido dos artistas estrangeiros
que pisam por aqui, mas que ainda serve de motivo de delírio e
aplausos do público.
Voltou para o bis e cantou "Joga" e "Play Dead", apresentou
seus músicos e deixou o palco
após uma hora e meia.
Quem abriu a noite, às 21h35, foi
o projeto solo do vocalista do Planet Hemp, Marcelo D2, que lança
seu disco de estréia, "Eu Tiro É
Onda", no dia 8 de setembro.
O hip hop 100% nacional ficou
meio embolado e não empolgou o
público.
Logo depois, com um pequeno
intervalo, subiu ao palco o inglês
Mike Paradinas.
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