COLUNISTA DA FOLHA

Faz tempo que o Sujinho deixou de ser sujinho, como deixou de fazer jus ao nome que ostentava na noite paulistana: Bar das Putas. Continua aberto até alta madrugada (ou tenra manhã, 5h), o que propicia a passagem de personagens de toda extração noite adentro. Mas o mais marcante é o Sujinho ter-se tornado um restaurante popular sem ser... sujo. Como um grande boteco dos velhos tempos, mas bem enfatiado, em seus quatro endereços, três deles em ângulos diferentes na mesmíssima esquina.
Há 25 anos nas mãos do português Afonso Rocha, 68, sócio do filho homônimo, a churrascaria mantém como peça de resistência a bisteca grelhada, entregue à mesa sem grande elaboração açougueira, peça bruta a ser destrinchada, com certo trabalho, pelo comensal. Comparada à de churrascarias elegantes, é uma bisteca mais selvagem, mas talvez por isso mais barata: R$ 15,95. Pode ser pedida com acompanhamentos que, para uma pessoa, variam entre R$ 2,40 e R$ 4,50. Outras carnes saem mais barato -a maminha para dois, por exemplo, custa R$ 19,50. Uma churrascaria de velho estilo, lembrando bons tempos da cidade. (JM)