São Paulo, sábado, 22 de outubro de 2005

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EVENTO

Edição deste ano abre hoje e vai até dezembro no Ibirapuera; França, Alemanha e países asiáticos devem surpreender

Interação renova Bienal de Arquitetura

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre o barulho desenfreado dos martelos e das serras dos operários, formando por todos os lados boa parte do que será a 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, o curador Gilberto Belleza observa o movimento e sorri. "Depois de um trabalho tão grande de dois anos, nem dá para acreditar que já está tudo aqui."
Após boatos de que não seria realizada, a Bienal, um dos principais eventos da área em âmbito mundial, abre hoje e aposta na interação e na tridimensionalidade para agradar o público, que os curadores -além de Belleza, Pedro Cury, que também teve o mesmo cargo na edição anterior- querem que seja o mais amplo e diversificado possível, não restrito a profissionais da área.
Na visita guiada com Belleza que a Folha realizou, encontram-se várias iniciativas que permitem essa maior participação. Uma das representações interessantes é a da França, que espalhou por uma grande área do segundo andar vários suportes verticais, em que ficam projetos "encadernados". "O visitante vai puxar e desdobrar esse tipo de caderno para conhecer o projeto", explica o curador.
Entre as outras representações, as asiáticas prometem surpreender. No terceiro andar, está a grande sala de Cingapura, com fachada vermelha e diversos recursos audiovisuais. A China vem com uma grande delegação -na segunda, às 16h, no auditório do pavilhão, os arquitetos Liang Jingyu, Wang Hui e Zhu Pei debatem a grande transformação urbana pela qual passa o país.
A representação da Alemanha também se destaca, em um espaço de 600 m2, com diversos projetos de profissionais que exibem a forte produção corrente nacional.
Cubos móveis que se aproximam do visitante que passa pela rampa que liga o segundo ao terceiro andar são o chamariz da representação da Áustria. Também não faltam cores chamativas a ressaltar a obra do mexicano Ricardo Legorreta, que contrastam com o cinza da sala de Israel, com projetos de David Reznik.
A Exposição Geral dos Arquitetos também está mais atraente, com a presença obrigatória de maquetes em cada projeto.


Colaborou Gabriela Longman, da Reportagem Local

6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Quando:
de ter. a qui., das 12h às 22h; sex., sáb. e dom., das 10h às 22h; de hoje (para convidados) a 11/12
Onde: Pavilhão da Bienal (parque Ibirapuera, portão 3, SP, tel. 0/xx/ 11/ 5574-5922)
Quanto: de R$ 6 a R$ 12


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