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CINEMA
MIS abriga mostra e competição
Festival escolhe seus melhores minutos
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
Há quem ache que não se deva
dedicar mais tempo ao curta-metragem do que a sua própria duração -às vezes, nem isso. Não é o
caso de Marcelo Masagão, cineasta que desde 91 organiza o Festival
do Minuto, na 12ª edição (www.festivaldominuto.com.br).
De hoje a domingo, 200 pontos
pelo país exibem, gratuitamente,
um "pot-pourri" dos melhores
trabalhos deste ano. Os eleitos se
dividem em cinco temas: "Sexo",
"Corpo", "Ctrl+Alt+Del", "Silêncio" e "Livre". "Eu achava chato
ter de esperar um ano inteiro para
mostrar os curtas. Agora é na linha: gostou, bota no ar", explica o
diretor de "Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos".
Entre os selecionados, há trabalhos que exploram o lado musical
("O Corpo do Vídeo", de João
Angelini), a montagem ("Todos
Juntos", de Lucas Barreto) e mais
experimentais ("Bootstrap", de
Regina Jehá). A animação se destaca com idéias criativas, como o
"suicídio lúdico" de "02. Conjunto Residencial", de Adams Carvalho e Olívia Brenga, feito com desenhos numa parede; ou "Xique
Xique", de Luiza Pereira e Matthias Nigmann, que brinca com o
regionalismo do Nordeste.
"É um desafio grande fazer um
filme em um minuto, porque utilizamos o mesmo parâmetro da
publicidade. Só dá tempo de vender uma idéia, um conceito. Não
rola ficar contando historinha. A
diferença é que não vendemos sabonete", brinca Masagão.
O Museu da Imagem e do Som
também abriga uma segunda
mostra competitiva, composta
por filmes feitos por universitários como resultado de uma série
de palestras e de 11 festivais por
universidades de comunicação,
cuja cerimônia de premiação
acontece no sábado, às 20h.
O Festival do Minuto, com patrocínio fixo da Vivo, agora tem
temas bimestrais e edições regionais. "O próximo tema deve ser o
ócio, quando estivermos de férias,
em janeiro", adianta. "A idéia é
explorar o formato, criando uma
TV feita por amadores, com uma
curadoria por trás. Com o tempo,
deixaremos de ser um festival, para sermos mais constantes."
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