São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 2005

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CINEMA

MIS abriga mostra e competição

Festival escolhe seus melhores minutos

LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Há quem ache que não se deva dedicar mais tempo ao curta-metragem do que a sua própria duração -às vezes, nem isso. Não é o caso de Marcelo Masagão, cineasta que desde 91 organiza o Festival do Minuto, na 12ª edição (www.festivaldominuto.com.br).
De hoje a domingo, 200 pontos pelo país exibem, gratuitamente, um "pot-pourri" dos melhores trabalhos deste ano. Os eleitos se dividem em cinco temas: "Sexo", "Corpo", "Ctrl+Alt+Del", "Silêncio" e "Livre". "Eu achava chato ter de esperar um ano inteiro para mostrar os curtas. Agora é na linha: gostou, bota no ar", explica o diretor de "Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos".
Entre os selecionados, há trabalhos que exploram o lado musical ("O Corpo do Vídeo", de João Angelini), a montagem ("Todos Juntos", de Lucas Barreto) e mais experimentais ("Bootstrap", de Regina Jehá). A animação se destaca com idéias criativas, como o "suicídio lúdico" de "02. Conjunto Residencial", de Adams Carvalho e Olívia Brenga, feito com desenhos numa parede; ou "Xique Xique", de Luiza Pereira e Matthias Nigmann, que brinca com o regionalismo do Nordeste.
"É um desafio grande fazer um filme em um minuto, porque utilizamos o mesmo parâmetro da publicidade. Só dá tempo de vender uma idéia, um conceito. Não rola ficar contando historinha. A diferença é que não vendemos sabonete", brinca Masagão.
O Museu da Imagem e do Som também abriga uma segunda mostra competitiva, composta por filmes feitos por universitários como resultado de uma série de palestras e de 11 festivais por universidades de comunicação, cuja cerimônia de premiação acontece no sábado, às 20h.
O Festival do Minuto, com patrocínio fixo da Vivo, agora tem temas bimestrais e edições regionais. "O próximo tema deve ser o ócio, quando estivermos de férias, em janeiro", adianta. "A idéia é explorar o formato, criando uma TV feita por amadores, com uma curadoria por trás. Com o tempo, deixaremos de ser um festival, para sermos mais constantes."


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