|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BEBIDA
Cepa nativa, tempranillo brilha em solo espanhol
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Alguns países têm a imensa fortuna de possuir cantos peculiares onde uma determinada uva desenvolve todo
seu potencial dando origem a
vinhos únicos, de grandeza
sem igual. Um deles é a França,
com os terrenos da Borgonha,
onde a pinot noir brilha como
em nenhuma outra parte, modelando alguns dos melhores
tintos do planeta.
A Espanha também é palco
de um desses maravilhosos casamentos. A estrela é a tempranillo, uma cepa nativa que nas
regiões de Ribera del Duero e
Rioja, seus mágicos bastiões
ibéricos, dá forma a grandes
tintos da vitivinicultura espanhola (e do mundo), como Veja Sicília, Pingus ou Contador.
Difundida na península, hoje
regiões menos conhecidas, tem
bons vinhos da cepa e com preços mais em conta do que os
desses berços privilegiados.
Um deles é o Artero 2004, das
Bodegas Muñoz, de La Mancha, área central do país dedicada antigamente aos vinhos
comuns e que hoje mira nos
goles finos. O Artero é um tempranillo encorpado (bom para
uma carne vermelha), levemente tânico ainda, mas bem
frutado e equilibrado, com boa
persistência e acidez (86/100,
R$ 28,80, Decanter, tel. 0/xx/11/3071-3055).
Outro que vale a pena provar,
também com boa relação custo-benefício para um vinho europeu, é o Códice 2003, um vinho da Tierra de Castilla, região com goles em ascensão.
Elaborado pelo Dominio Eguren, ele impressiona pela concentração, a textura em boca e
o sabor intenso, marcado por
baunilha e frutas vermelhas
(88/100, R$ 38, Península, tel.
0/xx/11/3822-3986).
Mas para quem queira mesmo um tempranillo de Rioja
ou Ribera, duas sugestões. De
Ribera, o Viña Sastre Crianza
2002 da Bodega Hermanos
Sastre -uma pequena casa familiar. É um vinho de bom
corpo, carregado de fruta mesclada com leve toque de cedro
e especiaria e final agradável
(89/100, R$ 107, Península).
Já da Rioja, o Viña Alberdi
2000 -de La Rioja Alta, uma
adega de ponta- é um bom
representante. O Alberdi é um
vinho mais leve e elegante, tem
aroma e sabor complexo e
atraente (framboesa, couro, leve baunilha) e paladar sedoso,
típico dos clássicos tintos de
Rioja (89/100, R$ 89, Grand
Vin, tel. 0/xx/11/3672-7133).
BRANCO AROMÁTICO
Outro bom vinho
elaborado pela equipe
do experiente enólogo
Lucindo Copat, que
comanda cubas e barricas
na vinícola gaúcha Salton.
O seu Salton Classic
Gewürztraminer, safra
2005, um vinho branco
de corpo médio e paladar
vivaz, tem aroma e sabor
agradáveis que combinam
toques florais e de frutas
tropicais.
BOM E BARATO
SUGESTÃO
ATÉ R$ 40
SALTON CLASSIC
GEWÜRZTRAMINER
2005
Avaliação:
85/100
Bom para:
aperitivo, pratos
da culinária oriental
Preço:
R$ 12,50
Onde:
Salton,
tel. 0/xx/11/6959-3144
Texto Anterior: Bom e barato/Até R$ 30 por pessoa: Jardim de Lótus segue princípios da cozinha chinesa Próximo Texto: Nina Horta: Coisas de americano Índice
|