São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2004

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MÔNICA BERGAMO

PASSOS
A Ocean Air, de German Efromovich, fechou negócio com a Singapore Airlines. Vai representar a empresa, uma das maiores do mundo, no país. A companhia, concentrada na Ásia, ainda não tem vôos diretos partindo do Brasil.
 
A Ocean Air é candidata também a herdar o espólio da Transbrasil.

PIÃO
O deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) foi convidado para dar uma palestra, amanhã, na Escola Superior de Guerra. "Pensei que era um trote e liguei para confirmar. Era convite de verdade mesmo", diz ele. Advogado de presos políticos, Greenhalgh sempre combateu as doutrinas da ESG. Ele vai falar sobre Alca, Mercosul e Pacto Andino.

CHAMPANHE
Dercy Gonçalves quer festa na comemoração de seus 80 anos de carreira, no dia 28. Vai ganhar um jantar na galeria Oggi, preparado pelo promoter Ricardo Dorta, para ela e mais 60 amigos, entre eles Hebe Camargo, Ana Maria Braga e Faustão.

UM A ZERO
Herdeiros do cronista Antônio Maria estão em pé de guerra com a SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais). Cobram uma dívida de US$ 40 mil por direitos autorais. A SBAT, comandada por Alcione Araújo, Ziraldo e Millôr Fernandes, acaba de conseguir liminar para impedir que as contas da associação sejam bloqueadas como garantia da dívida.

CINQÜENTENÁRIO
Os quase 200 "estudantes" que se formaram há 50 anos na Faculdade de Direito da USP vão celebrar a data hoje, com uma missa e uma homenagem, na própria faculdade, a Miguel Reale -professor e ícone da turma, que reúne nomes como o ex-ministro José Gregori, Wadih Helu, ex-presidente do Corinthians, o ator John Herbert, o advogado Mario Sergio Duarte Garcia, os desembargadores Wanderley Racy e Alcides Salles, Guilherme Walter Caldas e Walter Ceneviva. Curiosidade: um dos colegas, o "Lalo", não deve comparecer. É o juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, que ficou célebre depois de ser o pivô do escândalo do desvio de dinheiro do TRT de São Paulo.

CURTO-CIRCUITO

O artista israelense Doron Rabina, um dos destaques da próxima Bienal de Artes, será homenageado hoje, com coquetel no Centro da Cultura Judaica, no Sumaré.
As exposições "Duas Margaridas e uma Aranha", de José Bechara, e "Rios Urbanos", de Cíntia Yuri Eto, serão abertas hoje, às 20h, no Instituto Tomie Ohtake.
José Nêumanne Pinto lança hoje o livro "O Silêncio do Delator", às 19h no Suplicy Cafés Especiais, nos Jardins.
Fernando Amaral fala hoje sobre "O Poder Sutil dos Aromas" no encerramento do ciclo de palestras do Kyron Spa.
Amyr Klink fará a palestra de encerramento do Forum Latinoplast 2004, que acontece de hoje até o dia 25, em Gramado (RS).

CAMA-DE-GATO

Em teto de zinco quente


O diretor Alexandre Stockler: processado nos EUA


O filme "Cama de Gato" -que causou polêmica pela cena em que Caio Blat e outros atores estupram uma adolescente- foi parar na mira da Justiça norte-americana. Motivo: as imagens postas no site do filme (www.camadegato.com.br). Os americanos acharam que fosse agressão sexual de verdade, tiraram do ar a página e decidiram processar o diretor Alexandre Stockler. Ele falou à coluna:
 

Folha - Como reagiu ao saber do processo?
Alexandre Stockler -
Comecei a dar risada. Achei surreal acreditarem que era sério.

Folha - Que acusações os americanos fizeram?
Stockler -
Além de acharem que o estupro era real, consideraram que era pedofilia. A personagem é uma adolescente, mas a atriz tinha 23 anos quando filmamos.

Folha - Como vai explicar que era um filme?
Stockler -
A Justiça americana pediu provas de que a menina estava realmente viva. Mandamos recortes de jornais. O site deve voltar ao ar nos próximos dias.

CONCERTO

Com que cara?

"Me diz: que cara eu faço quando falam isso? Qual é a cara correta a fazer?", perguntava Ruth Cardoso depois que era cumprimentada por pessoas que diziam ter "saudades" do governo de seu marido, Fernando Henrique Cardoso. "Eu faço assim, né?", dizia ela, ensaiando um riso constrangido. Anteontem, Ruth e FHC foram à Sala São Paulo assistir à deslumbrante apresentação do pianista brasileiro Nelson Freire e da pianista argentina Martha Argerich, que tocaram juntos Brahms, Rachmaninov, Schubert e Ravel.
 
Na platéia estava também o vice-presidente José Alencar. Entre outros presentes, empresários como Eugênio Staub, da Gradiente, e Pedro Moreira Salles, do Unibanco.
 
"Take care, Ruth", dizia o ex-presidente, sempre preocupado com as escadas no caminho até o camarote número dez, onde eles se instalaram com a secretária Cláudia Costin, da Cultura de SP, com o filho Paulo Henrique e com os ex-ministros Andrea Matarazzo e Celso Lafer.
 
"Eu não faço diagnósticos sobre a eleição de SP porque nunca disputei eleição", dizia o ex-presidente, sempre com uma piada pronta. "Os outros é que disputaram comigo." No momento em que todos caprichavam nos elogios à performance de Nelson Freire e Martha Argerich, FHC soltou outra: "Ela [Martha] está com o cabelo comprido, né? Não gostei, não".
 
A Sala São Paulo estava lotada. Aplaudidos em pé por longos minutos, os dois pianistas foram "obrigados" a retornar ao palco quatro vezes para os bis.


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