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Mostras destacam produção visual
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Também de forma acessível,
gratuita, seis galerias da cidade
-Bergamim, Brito Cimino, Casa
Triângulo, Fortes Vilaça, Luisa
Strina e Nara Roesler- abrem
hoje e amanhã mostras coletivas
que destacam tanto as novas produções visuais (suportes e linguagens) como também apostam
num eixo curatorial que periodiza
a arte contemporânea no Brasil a
partir de suas histórias com o
mercado e criadores.
O fotógrafo Caio Reisewitz
mostra seus trabalhos em quatro
espaços da cidade, incluindo a
Bienal. Um deles é a Brito Cimino,
que abre amanhã a coletiva "Versão Brasileira", da qual fazem parte artistas como Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Mira
Schendel, Hélio Oiticica. A proposta amarra a idéia de mostrar
um núcleo histórico consolidado
até se aproximar de trabalhos que
ainda estão no momento de conquista de espaço.
"Ao mesmo tempo em que há a
vitória de expor numa Bienal, trabalhando com dimensões gigantescas, tem o lado de se fazer presente nas mostras coletivas, que
fortalecem tanto os circuitos
quanto a ação do artista aqui, no
seu local", diz Reisewitz.
De natureza semelhante, com
uma mostra abrangente que abriga obras de Cildo Meireles, Iran
do Espírito Santo, Cao Guimarães
e Rosângela Rennó, entre outras,
é a exposição "Fragmentos e Souvenirs Paulistanos", da Luisa Strina. O recorte nesse caso são os 30
anos da galeria. Será lançado também o livro da mostra, que, além
de fotos documentais das obras,
terá textos curtos de cerca de 30
críticos e escritores.
Outra proposta especialmente
interessante do ponto de vista histórico é a exposição "Bienais: Um
Olhar sobre a Produção Brasileira", com obras de 30 artistas da
"cartografia" das artes plásticas
do Brasil, na Bergamim. Entre
eles: Tarsila do Amaral, Antonio
Dias, Nelson Leirner, Siron Franco, Adriana Varejão e José Rufino.
A produção contemporânea
também pode ser vista de forma
localizada, como é o caso das duas
individuais que começam amanhã na Fortes Vilaça. Uma, do
brasileiro Iran do Espírito Santo,
que exibe uma grande instalação
feita com folhas gigantes de vidro,
um grupo de esculturas de pedra,
e a instalação "Difusão". Na mesma galeria, há as obras do pintor
alemão Albert Oehlen, um dos
destaques da pintura na Bienal.
Por fim, a Casa Triângulo e a
Nara Roesler apresentam obras
inéditas em diversos suportes e
materiais, feitas por jovens e renomados artistas.
(JR)
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