São Paulo, quinta-feira, 23 de setembro de 2004

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Mostras destacam produção visual

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Também de forma acessível, gratuita, seis galerias da cidade -Bergamim, Brito Cimino, Casa Triângulo, Fortes Vilaça, Luisa Strina e Nara Roesler- abrem hoje e amanhã mostras coletivas que destacam tanto as novas produções visuais (suportes e linguagens) como também apostam num eixo curatorial que periodiza a arte contemporânea no Brasil a partir de suas histórias com o mercado e criadores.
O fotógrafo Caio Reisewitz mostra seus trabalhos em quatro espaços da cidade, incluindo a Bienal. Um deles é a Brito Cimino, que abre amanhã a coletiva "Versão Brasileira", da qual fazem parte artistas como Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros, Mira Schendel, Hélio Oiticica. A proposta amarra a idéia de mostrar um núcleo histórico consolidado até se aproximar de trabalhos que ainda estão no momento de conquista de espaço.
"Ao mesmo tempo em que há a vitória de expor numa Bienal, trabalhando com dimensões gigantescas, tem o lado de se fazer presente nas mostras coletivas, que fortalecem tanto os circuitos quanto a ação do artista aqui, no seu local", diz Reisewitz.
De natureza semelhante, com uma mostra abrangente que abriga obras de Cildo Meireles, Iran do Espírito Santo, Cao Guimarães e Rosângela Rennó, entre outras, é a exposição "Fragmentos e Souvenirs Paulistanos", da Luisa Strina. O recorte nesse caso são os 30 anos da galeria. Será lançado também o livro da mostra, que, além de fotos documentais das obras, terá textos curtos de cerca de 30 críticos e escritores.
Outra proposta especialmente interessante do ponto de vista histórico é a exposição "Bienais: Um Olhar sobre a Produção Brasileira", com obras de 30 artistas da "cartografia" das artes plásticas do Brasil, na Bergamim. Entre eles: Tarsila do Amaral, Antonio Dias, Nelson Leirner, Siron Franco, Adriana Varejão e José Rufino.
A produção contemporânea também pode ser vista de forma localizada, como é o caso das duas individuais que começam amanhã na Fortes Vilaça. Uma, do brasileiro Iran do Espírito Santo, que exibe uma grande instalação feita com folhas gigantes de vidro, um grupo de esculturas de pedra, e a instalação "Difusão". Na mesma galeria, há as obras do pintor alemão Albert Oehlen, um dos destaques da pintura na Bienal.
Por fim, a Casa Triângulo e a Nara Roesler apresentam obras inéditas em diversos suportes e materiais, feitas por jovens e renomados artistas. (JR)


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