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Mostra infantil destaca fábulas européias
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
Um garoto vira corcunda e seu
nariz cresce por causa de um feitiço. Você pode pensar numa mistura de Pinóquio com Corcunda
de Notre Dame, mas, na verdade,
isso é bem anterior à Disney.
Esta é a fábula russa "O Pequeno Narigudo", de Ilya Maximov,
adaptação de um conto do século
19, do alemão Wilhem Hauff. O
filme, a primeira animação lançada comercialmente na Rússia em
40 anos, está na programação do
Festival de Cinema Infantil, que
começa hoje em São Paulo. Vindo
do Rio de Janeiro, ainda vai passar
por sete cidades, como Brasília,
Aracaju e Ribeirão Preto.
Além da Rússia, há produções
de Finlândia, França, Espanha,
Brasil, entre outros países. "Queremos trazer trabalhos independentes. A Disney não precisa de
ajuda para passar aqui. A nossa
intenção é variar o cardápio para
as crianças, não ficar repetindo o
de sempre", diz a cineasta Carla
Camurati, que organiza o evento
ao lado de Carla Esmeralda, Bianca de Felippes e Bianca Costa.
Na terceira edição, o festival
busca seus participantes em mostras especializadas de lugares como Berlim, Estocolmo e Dinamarca. É deste último país que sai
"Circolina e a Grande Ratinha",
de Jannik Hastrup, também diretor de "O Menino que Queria Ser
Urso" (2003), vencedor de prêmio especial em Berlim.
"Circolina" é a terceira animação de uma série, que já venceu
festivais em Chicago e Stuttgart
(Alemanha), sobre uma garotinha-elfa que sai do papel e vira
amiga de alguns ratos. "Desta vez,
minha preocupação foi falar sobre garotas que são maltratadas
pelos irmãos e como elas podem
lutar contra isso", conta Hastrup.
"Tento contar uma boa história,
em que as crianças possam se enxergar. Cada um tem uma porta
dentro de si que nos faz voltar à
infância. É lá que encontro minha
inspiração, por isso é importante
mantê-la sempre aberta."
Além dos destaques internacionais (veja quadro ao lado), há
uma pré-estréia nacional que varia entre as cidades. Para São Paulo, foi escolhido "O Amigo Invisível", de Maria Letícia.
Do Brasil também vem o homenageado: o quadrinista Mauricio
de Sousa e seu "Cine Gibi - O Filme", com a Turma da Mônica.
Completam a grade dois programas de curtas: "7 x Animação"
e "Lendas em Animação", este
com sete mitos brasileiros -um
deles, "Çuikíri", feito por crianças
indígenas da Amazônia.
E, para abrir as sessões, é exibido o curta "A Velha a Fiar", "remake" dos educadores do Projeto
Correio Escola de Campinas para
o clássico de Humberto Mauro.
Festival de Cinema Infantil
Quando: de hoje ao dia 2 de outubro
Onde: no Cinemark Market Place (av. Dr.
Chucri Zaidan, 920, tel. 0/xx/11/3048-7400) e no Metrô Santa Cruz (r.
Domingos de Moraes, 2.564, tel. 0/xx/
11/3471-8066)
Quanto: de R$ 5,50 a R$ 8
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