THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

O argumento é até simplório: garoto se apaixona por garota que começa a trabalhar na mesma empresa que ele. O que diferencia "500 Dias com Ela" de outros filmes sobre relacionamentos é Ela. O nome do filme no Brasil retira parte da graça do trocadilho do título original -"500 Days of Summer".
Summer Finn é interpretada por Zooey Deschanel, norte-americana de 29 anos que além de (boa) atriz é cantora na (ótima) dupla indie She & Him (www.myspace.com/sheandhim). E é linda. Atriz + cantora + linda. Estamos vendidos logo de cara.
Tom Hanson (Joseph Gordon-Levitt) tem um trabalho tedioso escrevendo cartões. Summer é então contratada como assistente de seu chefe.
Os dois se aproximam e ficam. Cética, racional, Summer diz a Tom que não acredita em amor, que o relacionamento entre os dois não deve ser levado muito a sério.
Tom aceita. Mas, durante o correr desses 500 dias, Tom, claro, vai se apaixonando mais e mais por Summer.

Diretor pop
Dirigido por Marc Webb (cujo currículo é tomado por clipes de bandas pop), o filme é narrado em idas e vindas. Logo no início ficamos sabendo que Summer e Tom brigaram, no dia 290, após uma sessão de cinema de "A Primeira Noite de um Homem".
Mas o que aconteceu? Será que eles voltam? Essas questões são respondidas com delicadeza e humor. No final das contas, "500 Dias com Ela" é um filme feminino, talvez cruelmente realista. Summer está no comando, não toma atitudes impulsivas, sabe que tem um cara totalmente caído por ela.
"500 Dias com Ela" é um dos filmes mais fofos do ano. Mas, para metade da população, traz um sabor agridoce.