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Moda vive revivals em 2000
da enviada a Milão
A papisa Costanza Pascolato comentava a respeito da Prada
(uma viagem aos anos 40): quem
diria que, no ano 2000, estaríamos
vivendo plena era de revivals, de
retrô, em relação às décadas passadas do século 20?
E ela tem razão.
O mundo da moda vive momento de deslumbre nostálgico.
O que a chegada do novo milênio
trouxe foram as tecnologias têxteis, cada vez mais apuradas em
direção ao conforto, ao sintético
com "approach" natural, à valorização do toque e do movimento.
Em termos formais, o outono-inverno 2000 consolida a tendência
instalada (pela Prada) nos desfiles
do último verão, no culto aos valores da elegância "clássica".
E é aí que nossos parâmetros se
voltam para as regras instaladas
no passado.
Dos anos 20, vem a revolução da
silhueta, quando Chanel e Poiret
libertaram a cintura da mulher,
revelando-lhes as pernas pela primeira vez na história, deixando-as mais atléticas e independentes.
Dos 40, ainda "seca", a figura feminina, longilínea, adquire elementos, como o glamour, e itens
mais estruturados e valorizados,
como os ombros.
Até chegarmos a 1947, quando
Christian Dior enterrou de vez a
austeridade dos anos da guerra
com o new look, de saia balão e
cintura bem marcada. Tudo isso
(e mais os anos 80) está de volta.
Importante notar que não se
trata do hype do brechó, como vimos há alguns anos com a própria
Prada, mas de peças novas com
um olhar (pretendendo ser) maduro em relação ao passado. Talvez a moda precise mesmo sacudir a poeira do século para poder
dar a volta por cima.
(EP)
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