São Paulo, quinta-feira, 24 de fevereiro de 2000


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Moda vive revivals em 2000

da enviada a Milão

A papisa Costanza Pascolato comentava a respeito da Prada (uma viagem aos anos 40): quem diria que, no ano 2000, estaríamos vivendo plena era de revivals, de retrô, em relação às décadas passadas do século 20?
E ela tem razão.
O mundo da moda vive momento de deslumbre nostálgico. O que a chegada do novo milênio trouxe foram as tecnologias têxteis, cada vez mais apuradas em direção ao conforto, ao sintético com "approach" natural, à valorização do toque e do movimento. Em termos formais, o outono-inverno 2000 consolida a tendência instalada (pela Prada) nos desfiles do último verão, no culto aos valores da elegância "clássica".
E é aí que nossos parâmetros se voltam para as regras instaladas no passado.
Dos anos 20, vem a revolução da silhueta, quando Chanel e Poiret libertaram a cintura da mulher, revelando-lhes as pernas pela primeira vez na história, deixando-as mais atléticas e independentes.
Dos 40, ainda "seca", a figura feminina, longilínea, adquire elementos, como o glamour, e itens mais estruturados e valorizados, como os ombros.
Até chegarmos a 1947, quando Christian Dior enterrou de vez a austeridade dos anos da guerra com o new look, de saia balão e cintura bem marcada. Tudo isso (e mais os anos 80) está de volta.
Importante notar que não se trata do hype do brechó, como vimos há alguns anos com a própria Prada, mas de peças novas com um olhar (pretendendo ser) maduro em relação ao passado. Talvez a moda precise mesmo sacudir a poeira do século para poder dar a volta por cima. (EP)



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