CRÍTICO DA FOLHA

Lanchonetes árabes viraram uma instituição em São Paulo, cidade apaixonada por quibes e esfihas. Algumas destas lanchonetes tornaram-se restaurantes, com oferta maior de pratos típicos da cozinha libanesa, mas em sua maioria mantendo o mesmo tipo de ambiente, despojado, com um serviço precário. Outros, porém, ganharam ares alinhados, ocuparam os Jardins, começaram a tratar esta cozinha tão caseira como alta gastronomia. Entre eles, há lugares como o Espaço Árabe, que conseguiu incutir um certo charme nas instalações sem fugir de outra das atraentes características destes restaurantes -o preço atraente, mesmo não sendo o mais barato entre os libaneses da cidade.
Sendo assim, quem come numa das mesas do Espaço Árabe, em que pode acompanhar o movimento de uma das esquinas do esfuziante bairro dos Jardins, poderá fazer uma boa refeição dentro do limiar dos R$ 30 (sem bebida). Não será o caso se pedir o prato mais caro do cardápio, que aliás vale a pena (o ragu de cordeiro com trigo inteiro, cebolinha e amêndoas torradas -ele sozinho esbarra no limite, custa R$ 29,80). Mas um quibe michuí (feito na grelha) com arroz sírio ou salada verde sai por R$ 12. O quibe labanie (sopa preparada com coalhada fresca, miniquibe e tempero árabe) custa R$ 19. O beirute de peito de peru (com queijo, alface, tomate e maionese), R$ 16,90.
Outra opção é fartar-se com quibes, esfihas e pastas (de berinjela, de grão-de-bico, coalhada). Ou então, no almoço, durante a semana, pedir o prato executivo, que muda diariamente e é composto por uma entrada, um prato principal acompanhado de guarnição e doce, ao preço de R$ 19,80.