São Paulo, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

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CDs

MPB
Noites da Lapa

MARCOS ARIEL

Gravadora: MP,B; Quanto: R$ 22, em média;
Avaliação: bom
Conhecido como instrumentista, Ariel privilegia aqui seu lado cantor/compositor, tendo o Rio como inspiração para letras e melodias. Sambas, choros, sambas-choro e um delicioso maxixe instrumental ("Canela Roxa") -além de um toque caribenho em "Choro de Lá"- compõem um painel leve, de versos bem-humorados, no qual as tradições cariocas são tratadas com frescor. Ainda que o arranjo seja feliz, mais uma versão de "Brasileirinho" é dispensável. POR QUE OUVIR: O fato de Ariel não ser um grande cantor não compromete o astral do CD, traduzido em declarações de amor ao Rio e ao Brasil como as de "Parei com Nova York" e "Botequim Fechado". (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Samba
Samba Social Clube 2

VÁRIOS

Gravadora: EMI; Quanto: R$ 45, em média;
Avaliação: bom
Embora sem Zeca Pagodinho, o segundo volume fica no mesmo nível do primeiro -as gravações são do mesmo par de noites de julho passado. Dos experientes, Beth Carvalho ("Amor de Verdade") e Leci Brandão ("Do Jeito que o Rei Mandou") se destacam. João Bosco faz uma bela versão de "Tudo se Transformou", ainda que sem a suavidade de Paulinho da Viola. Elza Soares tenta se salvar da escolha equivocada da música ("A Tonga da Mironga do Kabuletê"). E Gilberto Gil sofre com problemas de voz em "Amor até o Fim". Entre os jovens, Moyseis Marques e Roberta Sá provam seu talento. POR QUE OUVIR: O projeto reúne ótimos sambistas e forte apelação comercial -vale a pena aproveitar o que há de bom. (LFV)

Erudito
Soirées Internationales

ANTONIO MENESES (violoncelo); CELINA SZRVINSK (piano)

Gravadora: Avie Records (importado);
Quanto: R$ 79, em média;
Avaliação: bom
Acompanhado pelo sólido piano de Szrvinsk, o violoncelo de Meneses chega ao século 20 neste disco, que gira em torno do ambiente musical parisiense, explorando autores pouco ouvidos por aqui, como o tcheco Bohuslav Martinu (1890-1959) e a francesa Nadia Boulanger (1887-1979), mais conhecida como professora de composição. O destaque fica para as obras de Villa-Lobos ("O Trenzinho do Caipira", "Ária das Bachianas Brasileiras n. 5" e "O Canto do Cisne Negro") e Camargo Guarnieri ("Sonata nº 1"). POR QUE OUVIR: Meneses extrai do violoncelo uma sonoridade límpida, em um disco sóbrio e sem arroubos. (IRINEU FRANCO PERPETUO)

MPB
A História dos Novos Baianos e Outros Versos

MORAES MOREIRA

Gravadora: Biscoito Fino; Quanto: R$ 29, em média;
Avaliação: regular
Registro do show produzido para comemorar os 40 anos de carreira de Moreira, contados a partir do lançamento do psicodélico "É Ferro na Boneca" (1969), álbum de estreia dos Novos Baianos. Por isso, 50% do repertório se debruça sobre clássicos fundamentais da banda, como "Acabou Chorare" e "Preta Pretinha". A outra metade enfoca a fase solo do cantor, com hits como "Eu Também Quero Beijar" e "Festa do Interior". A obra colossal de Moreira sai prejudicada nessas gravações ao vivo, que soam desbotadas em relação a suas antológicas versões originais. POR QUE OUVIR: Pela única faixa inédita do CD, "Spok Frevo Spok" -homenagem do veterano a um dos mais atuantes grupos de frevo da nova geração de Recife. (MARCUS PRETO)

Jazz
Divas

VÁRIAS

Gravadora: Leader/ST2; Quanto: R$ 35, em média;
Avaliação: regular
À primeira vista, a relação custo-benefício desta compilação é boa: uma caixa com quatro CDs pelo preço de dois. As 75 faixas reúnem gravações de diversas fases das carreiras de Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Dinah Washington, quatro das maiores cantoras do jazz e da canção norte-americana de todos os tempos. Mas aí vêm os problemas: a embalagem é meio tosca; não há fichas técnicas com os nomes dos músicos nem as datas das gravações; e as faixas são organizadas sem nenhum critério, como se tivessem sido baixadas aleatoriamente da internet. POR QUE OUVIR: Mesmo não representadas pelo seu melhor, essas cantoras são essenciais em qualquer boa discoteca. (CARLOS CALADO)


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