São Paulo, quarta, 25 de março de 1998

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Hollywood celebra glamour natural

Reuters
Jack Nicholson beija a mão da atriz Helen Hunt, em vestido Gucci


ERIKA PALOMINO
Colunista da Folha

O Oscar é uma situação em que a pergunta "o que você está vestindo hoje" vira assunto de primeira grandeza. Por isso, grifes e glamour são fundamentais, como garantia de fotos e comentários. Ou seja: de sucesso.
Cameron Diaz, a mais linda, vestia Chloé desenhado por Stella McCartney. Kim Basinger foi a primeira a brilhar, em vestido de cetim pistache, tipo princesa, da marca alemã Escada. Estava bem.
Também pastel, Helen Hunt vestia Gucci, com discrição. Mesmo sem conseguir subir ao palco, Kate Winslet conseguiu aparecer, meio gorda, apertando os seios num vestido de Alexander McQueen para a Givenchy.
Sharon Stone fez a linha Luma de Oliveira, usando uma camisa branca de seu novo marido com saia da estilista Vera Wang.
As mais espalhafatosas foram Madonna (Jean Paul Gaultier); Ashley Judd (com absurdas fendas nas pernas; Richard Tyler) e, claro, Cher, tão cafona quanto se espera, num chapéu tipo aranha.
Sigourney Weaver foi fina, em Prada, como Julianne Moore. Sem grifes explícitas, Meg Ryan investiu no preto longo, fechado, enquanto Drew Barrymore veio meio freak, com duas margaridas no cabelo e muito glitter (brilho), elemento que marcou as maquiagens em geral (Madonna tinha purpurina no decote também).
A tendência para bocas é o gloss, quase transparente. O cabelo, se não em coques, eram soltos e repicados, como se desarrumados. As estrelas, ao que parece, agora são naturais, "down-to-Earth", como se diz.
Os homens até que apareceram bastante. O hype foi baixar o comprimento das casacas e mexer nos botões dos smokings, nas cores das camisas e das gravatas e na própria gravata-borboleta em si, suprimindo-a. O look Nehru de Armani de Robin Williams, por exemplo, foi a síntese disso.
O look Cher masculino ficou com Gus van Sant, que mais parecia Elton John, de terno listrado, colorido. Com a ausência do mimado Leonardo DiCaprio, os bofinhos Matt Damon e Ben Affleck, em Armani, levaram os suspiros da noite.
Por fim, fundamento fashion por excelência em anos anteriores, a fitinha que representa da luta contra a Aids apareceu somente na lapela de Jack Nicholson.



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