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VINHO
Sicília faz bons tintos com syrah
e nero d'avola
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
A Sicília é uma das maiores regiões produtoras de vinho da Itália. Os seus parreirais se estendem por cerca
de 140 mil hectares -e deles
surgem mais de 800 milhões
de litros da bebida por ano.
Por causa do seu clima
cálido, que favorece o amadurecimento das uvas e a
elaboração de tintos mais
encorpados e com certa
cara de novo mundo, a ilha
tem sido apelidada de
"Califórnia italiana".
Tal como o Piemonte tem
seu forte na nebbiolo ou a
Toscana na sangiovese, a uva
nativa que brilha lá é a nero
d'avola, acompanhada de algumas cepas francesas, com
destaque, pelo ambiente
quente, para a syrah, dupla
que dá origem a alguns dos
melhores tintos da ilha.
Entre os últimos nero d'avola que apareceram por
aqui, menção para dois
2006. Um é o Contempo da
Abbazia Santa Anastasia, um
pouco tânico ainda, mas com
bom conteúdo de fruta,
combinada com toques balsâmicos (88/100, R$ 71,
na Grand Cru, tel. 0/xx/11/
3062-6388). O segundo, o
Masseria Trajone, marcado
por fruta madura (framboesa, groselha), com taninos finos, vivaz e muito macio em
boca (88/100, R$ 39,20).
Já na ala dos syrah, uma
boa pedida é o Monreale
2006, da Príncipe de Spadafora, que mescla geléias e
frutas vermelhas com tons
tostados, num paladar
denso, longo e de boa textura
(89/100, R$ 60,68, os dois
últimos na Vinci, tel. 0/xx/
11/2797-0000).
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