São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VINHO

Sicília faz bons tintos com syrah e nero d'avola

JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

A Sicília é uma das maiores regiões produtoras de vinho da Itália. Os seus parreirais se estendem por cerca de 140 mil hectares -e deles surgem mais de 800 milhões de litros da bebida por ano.
Por causa do seu clima cálido, que favorece o amadurecimento das uvas e a elaboração de tintos mais encorpados e com certa cara de novo mundo, a ilha tem sido apelidada de "Califórnia italiana".
Tal como o Piemonte tem seu forte na nebbiolo ou a Toscana na sangiovese, a uva nativa que brilha lá é a nero d'avola, acompanhada de algumas cepas francesas, com destaque, pelo ambiente quente, para a syrah, dupla que dá origem a alguns dos melhores tintos da ilha.
Entre os últimos nero d'avola que apareceram por aqui, menção para dois 2006. Um é o Contempo da Abbazia Santa Anastasia, um pouco tânico ainda, mas com bom conteúdo de fruta, combinada com toques balsâmicos (88/100, R$ 71, na Grand Cru, tel. 0/xx/11/ 3062-6388). O segundo, o Masseria Trajone, marcado por fruta madura (framboesa, groselha), com taninos finos, vivaz e muito macio em boca (88/100, R$ 39,20).
Já na ala dos syrah, uma boa pedida é o Monreale 2006, da Príncipe de Spadafora, que mescla geléias e frutas vermelhas com tons tostados, num paladar denso, longo e de boa textura (89/100, R$ 60,68, os dois últimos na Vinci, tel. 0/xx/ 11/2797-0000).


Texto Anterior: Bom e barato: Reestruturado, Abu-zuz serve boa cozinha libanesa
Próximo Texto: Tentações
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.