VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Construído às custas da companhia teatral da atriz que lhe dá nome, à época com raros apoios de empresários e políticos, em pleno quarto centenário de São Paulo, o teatro Maria Della Costa completa 50 anos na próxima quinta-feira. Mas a festa é hoje.
Em evento para convidados, Della Costa, 78, será homenageada pela Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado. Haverá entrega especial do Prêmio Apetesp, criado em 1979 e agora reeditado.
Serão premiados atores, diretores, técnicos, críticos e demais personalidades "que contribuíram para o desenvolvimento do teatro paulista nos últimos 50 anos". Entre eles, Gianni Ratto, Sábato Magaldi, Eva Wilma, Danilo Santos de Miranda, Maria Thereza Vargas, Raul Cortez etc.
Cortez presidia a Apetesp em 78, quando o teatro foi doado à associação pelo Serviço Nacional do Teatro. O órgão federal assumira o espaço da rua Paim, 72, Bela Vista, após o fim das atividades da companhia de Della Costa e do marido, Sandro Polloni.
Projetado por Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, o teatro foi inaugurado em 28 de outubro de 1954. No cartaz, "O Canto da Cotovia", um drama do francês Jean Anouilh, sob direção de Gianni Ratto, trazido da Itália pelo jovem casal.
Na palco, a atriz homenageada contracenava com nomes hoje consagrados: Sérgio Britto, Eugênio Kusnet, Fernanda Montenegro, Fernando Torres e outros.
A noite abriga ainda lançamento do livro "Maria Della Costa" (Imprensa Oficial), de Warde Marx, e a exposição "Maria Della Costa, Uma Vida em Cena".


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