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Coleção aborda museu em Viena
Com mais de 1.400 pinturas, instituição tem obras de Rembrandt e Rafael
Acervo do Museu de História da Arte surgiu por iniciativa da dinastia dos Habsburgos; volume chega às bancas no próximo domingo
DA REPORTAGEM LOCAL
Bosch, Rembrandt, Rafael,
Velázquez: alguns dos maiores
mestres da pintura estão representados no riquíssimo acervo
do Museu de História da Arte,
de Viena, tema do volume 13 da
Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às
bancas no domingo que vem.
Ao todo, são mais de 1.400
pinturas, que documentam a
profunda relação com as artes
da dinastia dos Habsburgos,
que governou a Áustria por séculos. As raízes do museu vienense podem ser localizadas,
assim, em 1358, quando um primeiro núcleo de obras medievais passou para a posse da família com a aquisição da região
do Tirol pelo duque da Áustria,
Rodolfo 4º, de Habsburgo.
Mais de cem anos depois, em
1493, Maximiliano 1º, de Habsburgo, foi nomeado imperador.
Tendo herdado do pai, Frederico 3º, o amor pela arte, tornou-se amigo de vários artistas da
época, fazendo encomendas a
mestres como o alemão Albrecht Dürer (1471-1528).
A ideia de reunir o patrimônio familiar em um museu é
tardia e remonta ao século 19.
Durante as guerras napoleônicas, temendo o avanço das tropas francesas e os saques que
poderiam ocorrer, os austríacos transferiram para a capital
obras que estavam no castelo
de Ambras (Innsbruck), em
Nuremberg e em Aquisgrana.
Durante o Congresso de Viena, em 1815, que remodelou o
mapa da Europa após a derrocada de Bonaparte, essas coleções foram expostas a cidadãos
e representantes estrangeiros,
suscitando grande admiração.
Talvez aí tenha surgido o
pensamento de reuni-las em
museu, o que só aconteceu com
a ascensão ao trono de Francisco José. O imperador, que reinou entre 1848 e 1916, encomendou um projeto aos arquitetos Karl Hasenauer e Gottfried Semper, e, respeitando o
gosto da época, dois palácios
em rico estilo renascentista foram inaugurados em 1891.
O Museu de História da Arte
de Viena sobreviveu ao fim da
monarquia dos Habsburgos,
bem como à Segunda Guerra
Mundial -quando parte das
obras foi enterrada nas salinas
de Altausee para serem recuperadas depois do conflito. Hoje,
é uma das principais instituições europeias do gênero.
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