São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 2006

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FILMES

TV ABERTA

Ernest Vai para a Escola   Record, 14h15 - (Ernest Goes to School). EUA, 1994, 89 min. Direção: Coke Sams. Com Jim Varney, Corrine Koslo. Faxineiro de uma escola, Ernest vira aluno e depois cobaia de experimentos que visam transformar um panaca em gênio. Burlesco pouco inspirado.

Bater ou Correr em Londres    Globo, 22h40 - (Shanghai Knights). EUA, 2003, 114 min. Direção: David Dobkin. Com Jackie Chan, Owen Wilson, Aaron Johnson. Ao saber que seu pai foi raptado na Inglaterra, Jackie deixa o cargo de xerife que tinha nos EUA e atravessa o Atlântico para resolver a questão.

As Gêmeas Entram na Quadra    SBT, 2h30 - (Double Teamed). EUA, 2001, 105 min. Direção: Duwayne Dunham. Com Poppi Monroe, Annie McElwain. Irmãs gêmeas com personalidades bem diferentes, as irmãs Heather e Heidi Burge vão se encontrar e desenvolver afinidades quando passam a jogar basquete. Feito para TV a cabo.

Intercine Globo, 2h50 - "Orfeu" (1999), com direção de Carlos Diegues e, no elenco, Toni Garrido, Patricia França e Murilo Benício foi o filme brasileiro escolhido para abrir mais esta semana de Copa. Durante o resto da semana, para votar no primeiro filme, liga-se 0800.70.9011; o número para votar no segundo filme é 0800.70.9012.

Chips - O Cão de Guerra    SBT, 4h20 - (Chips, the War Dog). EUA, 1989, 91 min. Direção: Ed Kaplan. Com Brandon Douglas, William Devane, Ned Vaughn. Produção da Disney que trata de um programa de treinamento de cães, durante a Segunda Guerra. O plot gira em torno de um recruta com pânico de cachorros, designado para treinar um pastor alemão. Diversão familiar feita para TV a cabo. Só para São Paulo. (IA)

Crítica

"Os Fuzis" é o perfil de um Brasil esquálido

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não são apenas os fuzis. A seca também é protagonista de "Os Fuzis" (Canal Brasil, 22h40), da mesma forma que a fome decorrente. A solução brasileira passa pelas armas, evidentemente.
O tema é antipático ao Brasil de hoje, que acredita nas virtudes da democracia -o que não acontecia por volta de 1965, quando Ruy Guerra realizou este filme- e, sobretudo, não quer se esquentar com esses problemas (no cinema, pelo menos).
"Os Fuzis" é um desses muitos filmes da década de 60 de que as pessoas não querem nem sequer ouvir falar, sobre um Nordeste que ninguém faz a mínima questão de ver e cujo tom é determinado pelos figurantes esquálidos, sim, mas muito mais pela fotografia de Ricardo Aronovich.
Tudo parece queimar sob a luz estourada do fotógrafo argentino, que mais tarde trabalharia com Alain Resnais e Louis Malle.
É possível até não gostar, mas dizer que falta qualidade não dá.


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