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DEPOIMENTO
Em 2005, a banda já mostrou performance explosiva em SP
FERNANDA MENA
EDITORA DO FOLHATEEN
Num festival que tinha como carro-chefe o show de
The Strokes e como destaque
a apresentação dos já badalados Kings of Leon, a banda
canadense Arcade Fire parecia ser uma coadjuvante menor. Não foi.
Vestidos de preto e munidos de sanfona, violino e
contrabaixo acústico, os integrantes do grupo contornaram os problemas de som
(muito baixo) do Tim Festival
de 2005, em São Paulo, com
uma performance explosiva
e hipnótica, com direito a
corre-corre no palco, revezamento nos instrumento e batuque na estrutura do palco.
Impossível ficar indiferente ao teatro caótico do multi-instrumentista Richard
Parry, um "showman".
O público entrou em parafuso: cantou "Wake Up",
acompanhou com palmas
uma versão intimista de
"Brazil", que a banda tirou
da cartola, e pulou alto ao
som do hit "Rebellion (Lies)".
Com isso, o grupo, que já
tinha fãs no país, virou febre.
E o álbum "Funeral", de
2004, se tornou um item obrigatório do arsenal indie de
bom gosto. Lirismo rock-folk
no som e potência em estado
puro no palco.
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