São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 2002

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Ciclo aborda civilização pós-WTC

ROGÉRIO EDUARDO ALVES
DA REDAÇÃO

Depois da queda das torres gêmeas, as dúvidas pululam na mesma proporção que o temor e os debates tentam organizar os destroços de uma civilização em crise. Afinal, quem são os bárbaros? Quem são os civilizados?
Essas foram as perguntas que Adauto Novaes sugeriu como ponto de partida para os 15 conferencistas que participam do ciclo "Civilização e Bárbarie", que começa hoje no Rio e amanhã em São Paulo e vai até dia 30/9.
"Fiquei impressionado com as ações americanas depois dos atentados, elas batem de frente com os ideais iluministas", diz Novaes, lembrando as mudanças ocorridas desde a Revolução Francesa.
"Desde a possibilidade de criação do ministério da mentira até os bombardeios indiscriminados dos EUA, fica claro que alguma coisa está errada e é importante perguntar quem é o bárbaro", diz o organizador do evento.
Na palestra de hoje (amanhã em SP), Francis Wolff, professor de filosofia e diretor-adjunto da Escola Normal Superior de Paris, aborda a questão do ser bárbaro. Muitas vezes relacionado à violência física, o bárbaro para Wolff é o intolerante, aquele que não está disposto a aceitar outra cultura.
O islã está em discussão na quarta (quinta em SP). Especializado no assunto, o escritor tunisiano Abdelwahab Meddeb deve falar da confusão recorrente entre civilização e religião islâmicas.
Participam das palestras personalidades como Marilena Chauí, Olgária Matos, Renato Janine Ribeiro e os colunistas da Folha Eugênio Bucci e Marcelo Coelho.
Peter Sloterdijk, professor de filosofia e estética na Alemanha, sofreu um acidente e não participa.


CICLO CIVILIZAÇÃO E BARBÁRIE. No Rio: hoje, às 18h30. Onde: Espaço Maison de France (av. Presidente Antônio Carlos, 58). Informações: 0/xx/21/2210-1272. Em SP: amanhã, às 19h30. Onde: Colégio de São Paulo (r. da Consolação, 94, biblioteca Mário de Andrade). Inscrições: 0/xx/11/3241-3459. Quanto: grátis. Patrocínio: Petrobras.



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