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Ciclo aborda civilização pós-WTC
ROGÉRIO EDUARDO ALVES
DA REDAÇÃO
Depois da queda das torres gêmeas, as dúvidas pululam na mesma proporção que o temor e os
debates tentam organizar os destroços de uma civilização em crise. Afinal, quem são os bárbaros?
Quem são os civilizados?
Essas foram as perguntas que
Adauto Novaes sugeriu como
ponto de partida para os 15 conferencistas que participam do ciclo
"Civilização e Bárbarie", que começa hoje no Rio e amanhã em
São Paulo e vai até dia 30/9.
"Fiquei impressionado com as
ações americanas depois dos
atentados, elas batem de frente
com os ideais iluministas", diz
Novaes, lembrando as mudanças
ocorridas desde a Revolução
Francesa.
"Desde a possibilidade de criação do ministério da mentira até
os bombardeios indiscriminados
dos EUA, fica claro que alguma
coisa está errada e é importante
perguntar quem é o bárbaro", diz
o organizador do evento.
Na palestra de hoje (amanhã em
SP), Francis Wolff, professor de
filosofia e diretor-adjunto da Escola Normal Superior de Paris,
aborda a questão do ser bárbaro.
Muitas vezes relacionado à violência física, o bárbaro para Wolff
é o intolerante, aquele que não está disposto a aceitar outra cultura.
O islã está em discussão na
quarta (quinta em SP). Especializado no assunto, o escritor tunisiano Abdelwahab Meddeb deve
falar da confusão recorrente entre
civilização e religião islâmicas.
Participam das palestras personalidades como Marilena Chauí,
Olgária Matos, Renato Janine Ribeiro e os colunistas da Folha Eugênio Bucci e Marcelo Coelho.
Peter Sloterdijk, professor de filosofia e estética na Alemanha, sofreu um acidente e não participa.
CICLO CIVILIZAÇÃO E BARBÁRIE. No
Rio: hoje, às 18h30. Onde: Espaço Maison
de France (av. Presidente Antônio Carlos,
58). Informações: 0/xx/21/2210-1272.
Em SP: amanhã, às 19h30. Onde: Colégio
de São Paulo (r. da Consolação, 94,
biblioteca Mário de Andrade). Inscrições:
0/xx/11/3241-3459. Quanto: grátis.
Patrocínio: Petrobras.
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