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Festival do Rio exibe Madonna nas versões ficção e documental
"Eu Sou Porque Nós Somos" e "Sujos e Sábios" marcam início da programação
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Madonna é atração, hoje, no
primeiro dia de sessões abertas
ao público do Festival do Rio.
Para explicar sua relação
com o Maláui, país africano onde adotou seu terceiro filho,
David Bana, Madonna fez o documentário "Eu Sou Porque
Nós Somos", que terá quatro
sessões, até domingo. Para vê-la em pessoa na cidade, o público terá de esperar até dezembro, quando aporta no país a
turnê "Sticky and Sweet".
Madonna escreveu, produziu
e narra o filme, dirigido por Nathan Rissman. Ela confessa que
não sabia onde ficava o Maláui,
quando ouviu falar pela primeira vez no país, afetado por epidemia de Aids que deixou mais
de 1 milhão de crianças órfãs.
A primeira experiência de
Madonna como diretora de ficção, "Sujos e Sábios", também
integra a programação, com estréia amanhã e repeteco na segunda. Com "RocknRolla - A
Grande Roubada", o marido de
Madonna, o inglês Guy Ritchie,
está na programação do primeiro fim de semana do festival, que vai até 9 de outubro.
Espalhadas por 30 locais da cidade e com 350 títulos, segundo os organizadores, as sessões
buscam atender a variados apetites cinematográficos.
O novo filme dos irmãos Joel
e Ethan Coen, "Queime Depois
de Ler", que deve estrear em 28
de novembro, pode ser visto
agora por quem tem pressa.
Documentário
Quem prefere se dedicar a filmes com poucas chances de estréia no circuito comercial tem
opções como o documentário
"As Águas de Katrina", que os
diretores Tia Lessin e Carl Deal
construíram, a partir de filmagens amadoras de uma das vítimas do furacão que devastou
Nova Orleans em 2005.
Entre os filmes que se destacaram nos grandes festivais internacionais deste ano há o italiano "Gomorra", de Matteo
Garrone, Grande Prêmio do
Júri no Festival de Cannes, e o
português "Aquele Querido
Mês de Agosto", de Miguel Gomes, que chamou a atenção da
crítica também em Cannes.
Na Première Brasil, Marcelo
Galvão, vencedor do prêmio de
público da Mostra de SP com
"Quarta B", em 2005, exibe
amanhã, na disputa de ficção,
seu novo longa, "Rinha". Em
"Quarta B", Galvão usou a maconha como mote de uma polêmica comportamental na classe média. Em "Rinha", ele quer
voltar a provocar, com o tema
das lutas clandestinas.
A competição de documentários nacionais traz hoje "Sentidos à Flor da Pele", de Evaldo
Mocarzel, sobre deficientes visuais inseridos no mercado de
trabalho, e, amanhã, "Palavra
(en)Cantada", de Helena Solberg, em torno da música.
A central de venda de ingressos fica no Espaço de Cinema
(r. Voluntários da Pátria, 35,
Botafogo). Mais informações
em www.festivaldorio.com.br.
(SILVANA ARANTES)
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