São Paulo, sexta-feira, 26 de setembro de 2008

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Festival do Rio exibe Madonna nas versões ficção e documental

"Eu Sou Porque Nós Somos" e "Sujos e Sábios" marcam início da programação

ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Madonna é atração, hoje, no primeiro dia de sessões abertas ao público do Festival do Rio.
Para explicar sua relação com o Maláui, país africano onde adotou seu terceiro filho, David Bana, Madonna fez o documentário "Eu Sou Porque Nós Somos", que terá quatro sessões, até domingo. Para vê-la em pessoa na cidade, o público terá de esperar até dezembro, quando aporta no país a turnê "Sticky and Sweet".
Madonna escreveu, produziu e narra o filme, dirigido por Nathan Rissman. Ela confessa que não sabia onde ficava o Maláui, quando ouviu falar pela primeira vez no país, afetado por epidemia de Aids que deixou mais de 1 milhão de crianças órfãs.
A primeira experiência de Madonna como diretora de ficção, "Sujos e Sábios", também integra a programação, com estréia amanhã e repeteco na segunda. Com "RocknRolla - A Grande Roubada", o marido de Madonna, o inglês Guy Ritchie, está na programação do primeiro fim de semana do festival, que vai até 9 de outubro. Espalhadas por 30 locais da cidade e com 350 títulos, segundo os organizadores, as sessões buscam atender a variados apetites cinematográficos.
O novo filme dos irmãos Joel e Ethan Coen, "Queime Depois de Ler", que deve estrear em 28 de novembro, pode ser visto agora por quem tem pressa.

Documentário
Quem prefere se dedicar a filmes com poucas chances de estréia no circuito comercial tem opções como o documentário "As Águas de Katrina", que os diretores Tia Lessin e Carl Deal construíram, a partir de filmagens amadoras de uma das vítimas do furacão que devastou Nova Orleans em 2005.
Entre os filmes que se destacaram nos grandes festivais internacionais deste ano há o italiano "Gomorra", de Matteo Garrone, Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, e o português "Aquele Querido Mês de Agosto", de Miguel Gomes, que chamou a atenção da crítica também em Cannes.
Na Première Brasil, Marcelo Galvão, vencedor do prêmio de público da Mostra de SP com "Quarta B", em 2005, exibe amanhã, na disputa de ficção, seu novo longa, "Rinha". Em "Quarta B", Galvão usou a maconha como mote de uma polêmica comportamental na classe média. Em "Rinha", ele quer voltar a provocar, com o tema das lutas clandestinas.
A competição de documentários nacionais traz hoje "Sentidos à Flor da Pele", de Evaldo Mocarzel, sobre deficientes visuais inseridos no mercado de trabalho, e, amanhã, "Palavra (en)Cantada", de Helena Solberg, em torno da música.
A central de venda de ingressos fica no Espaço de Cinema (r. Voluntários da Pátria, 35, Botafogo). Mais informações em www.festivaldorio.com.br. (SILVANA ARANTES)


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