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Vips, Incríveis e Leno e Lilian seguem em ação
LUIZ FERNANDO VIANNA
DA SUCURSAL DO RIO
No topo está Roberto Carlos;
abaixo, Erasmo Carlos e Wanderléa; no terceiro degrau, Renato e Seus Blue Caps, Jerry
Adriani, Wanderley Cardoso e
Os Vips. Esta hierarquia é estabelecida por Márcio Antonucci, um dos Vips.
Mas a escadaria da jovem
guarda é muito maior. Reúne
dezenas de cantores e músicos
que, direta ou indiretamente,
continuam em atividade graças
à história que fizeram nos anos
60. "Já tentamos cantar "Anna
Júlia" [sucesso do Los Hermanos], mas ela não foi aceita porque não traz a recordação que o
nosso público busca", diz Márcio Antonucci, 59, diretor musical da TV Record e que faz de
quatro a seis shows por mês
com o outro "vip": seu irmão
Ronald, 63.
"A Volta", o maior sucesso
dos Vips, está na trilha da novela "América", da TV Globo,
cantada por Roberto Carlos.
Embora seja seu autor (com
Erasmo), ele nunca tinha gravado a música. É uma das novidades de 2005, quando se completam 40 anos do programa
"Jovem Guarda", que o Rei
apresentava na Record.
Entre as comemorações previstas estão o lançamento de
um DVD gravado no Canecão,
em 2004, com vários nomes do
movimento; relançamento da
caixa de cinco CDs que marcou
os 30 anos; e apresentações de
uma banda formada por músicos de Fevers, Incríveis e Renato e Seus Blue Caps, tendo jovens cantores como crooners.
"Ainda faremos um DVD para contar a história das três
bandas", conta um dos idealizadores do projeto, Netinho,
58, o único da formação original que permanece em Os Incríveis. O grupo faz cerca de
cinco shows mensais.
Os Estados do Nordeste e o
interior paulista são os principais mercados da turma da jovem guarda. Adilson Ramos,
60, resolveu se mudar para Recife em 1982, já que mal parava
em casa, em São Paulo. Hoje,
faz três shows por semana no
Nordeste e é um dos cantores
mais populares da região.
"Eu era muito parado na rua
quando vim para cá. As pessoas tinham orgulho, como se
dissessem: "Adilson Ramos escolheu aqui'", afirma.
Ramos tem um bloco de jovem guarda nos shows, mas é
basicamente um cantor romântico. Também é o caso de
Eduardo Araújo, 59, autor de
"Vem Quente que Eu Estou
Fervendo". Depois de passar
pelo soul e o rock progressivo,
ele se firmou a partir de 1984 na
música country. "Percebi que
não tinha mais idade para fazer
música de garoto. E a country
music é o mesmo caminho que
seguem os roqueiros americanos", diz Araújo, casado há 35
anos com a cantora Silvinha,
com quem ainda faz shows baseados na jovem guarda.
Lílian, 47, da dupla Leno e Lílian, é outra que tem dois formatos de show: um mais voltado para a jovem guarda, outro
com as canções de sua carreira
solo, como "Rebelde". Só não
pode faltar em ambos "Devolva-me", sucesso dos anos 60 regravado por Adriana Calcanhotto.
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