São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2008

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Música

Tom Zé canta e conta suas histórias

DA REPORTAGEM LOCAL

O ano é 1954.
"Eu tinha 17 anos. Penteei o cabelo maracanã, naquele tempo o modelo era o chamado maracanã [...] Quando fui chegando no jardim, pois as moças estavam no jardim, um amigo disse: "Tom Zé, não toco mais flauta, toco violão, que é muito mais bonito". E ele pegou o violão e cantou. Aquilo soou tão encantador, tão apaixonante para meus ouvidos de criança, que eu praticamente saí do planeta. Nessa hora, virei músico."
Esse é um dos causos contados por Tom Zé no "Faixa Musical", atração do Canal Brasil, que vai ao ar amanhã, às 17h.
Tom Zé fala bastante entre as músicas do show "Danç-Êh-Sá: Dança dos Herdeiros do Sacrifício", que ele gravou em setembro do ano passado e que deve ser lançado em DVD ainda neste semestre.
"Minha arte nunca seria o que é se eu não tivesse conhecido, quando criança, a arte primitiva africana." Esse é Picasso, que Tom Zé evoca a certa altura para "chamar a atenção dos jovens" de que o Brasil é um país negro. E destila um repertório que inclui canções como "Atchim", "Uai-Uai" e "O Pib da Pibe (Prostituir)".
Parece muito para a cabeça, mas, diferentemente de outros cantores e cantoras da MPB cujo "antropofagismo" engole até o nosso desejo de viver, o discurso de Tom Zé é feito com um bem-vindo bom humor. (THIAGO NEY)


FAIXA MUSICAL - TOM ZÉ
Quando:
amanhã, às 17h
Onde: no Canal Brasil


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