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Música
Tom Zé canta e conta suas histórias
DA REPORTAGEM LOCAL
O ano é 1954.
"Eu tinha 17 anos. Penteei o
cabelo maracanã, naquele tempo o modelo era o chamado maracanã [...] Quando fui chegando no jardim, pois as moças estavam no jardim, um amigo disse: "Tom Zé, não toco mais flauta, toco violão, que é muito
mais bonito". E ele pegou o violão e cantou. Aquilo soou tão
encantador, tão apaixonante
para meus ouvidos de criança,
que eu praticamente saí do planeta. Nessa hora, virei músico."
Esse é um dos causos contados por Tom Zé no "Faixa Musical", atração do Canal Brasil,
que vai ao ar amanhã, às 17h.
Tom Zé fala bastante entre as
músicas do show "Danç-Êh-Sá:
Dança dos Herdeiros do Sacrifício", que ele gravou em setembro do ano passado e que
deve ser lançado em DVD ainda
neste semestre.
"Minha arte nunca seria o
que é se eu não tivesse conhecido, quando criança, a arte primitiva africana." Esse é Picasso, que Tom Zé evoca a certa altura para "chamar a atenção
dos jovens" de que o Brasil é um
país negro. E destila um repertório que inclui canções como
"Atchim", "Uai-Uai" e "O Pib da
Pibe (Prostituir)".
Parece muito para a cabeça,
mas, diferentemente de outros
cantores e cantoras da MPB cujo "antropofagismo" engole até
o nosso desejo de viver, o discurso de Tom Zé é feito com um
bem-vindo bom humor.
(THIAGO NEY)
FAIXA MUSICAL - TOM ZÉ
Quando: amanhã, às 17h
Onde: no Canal Brasil
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