São Paulo, sexta, 27 de março de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Casa foi o começo de tudo

especial para a Folha

É um gostoso programa ir ao Gigetto. Comida honesta e barata, diversão pelo ar, um ou outro artista famoso na mesa ao lado... e o luxo do estacionamento na porta, gratuito (para compensar a espera na fila...).
Mas não é preciso ir ao Gigetto para entender o que é o Gigetto. Pois foi dali que nasceram muitas das cantinas que fazem parte de nossa paisagem gastronômica.
Começando pelas cantinas fundadas por seu mais notório herdeiro, o Giovanni Bruno, que chegou ao Brasil garoto e foi trabalhar no Gigetto empilhando caixas. Depois de se tornar o maître mais popular da casa, Giovanni abriu cantinas com seu nome, reproduziu as saladas verdes com torradas de alho, os espaguetes com molho napolitano, as pernas de cabrito com batatas coradas, as bistecas à Fiorentina.
Hoje tudo isso é servido no Il Sogno di Anarello (Anarello é o apelido que ele ganhou quando trabalhava no... Gigetto).
Não é só. A Lellis Trattoria, outra campeã de porções altas e preços baixos, vem da mesma fonte. O fundador, João Lellis, que iniciou o negócio em 1981, começou no Gigetto, onde trabalhou de 1964 até 69.
Saindo de lá foi trabalhar com Giovanni Bruno. Piolin, Piero, Orvieto (já fechada), Sargento, Sesto e outros nomes que viraram sinônimo de cantinas da cidade beberam, quase todos, da mesma fonte: o agora sexagenário Gigetto. (JM)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.