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Filme "libera" indústria para falar da tragédia
DO ENVIADO A NOVA YORK
Se, como filme, não vai revolucionar o cinema, "Vôo 93"
tem o mérito de ser o boi de piranha de Hollywood que testará a reação do público à tal tragédia como entretenimento.
Não que tenha sido a primeira obra de ficção a tratar do assunto -houve um pequeno
boom de produções feitas para
a televisão nos meses seguintes
ao 11 de Setembro. O ataque
também aparece de forma tangencial, mas importante, em
"A Última Noite" (2003), de
Spike Lee.
Foi tema também de "Sábado", do britânico Ian McEwan,
de "Extremely Loud and Incredibly Close", de Jonathan Safran Foer ("Tudo se Ilumina"),
a história de um menino de nove anos cujo pai morre naquele
dia, e de uma "graphic novel",
"À Sombra das Torres Ausentes", de Art Spiegelman.
Mas "Vôo 93" é o primeiro
produto tipicamente hollywoodiano a tratar apenas do tema, e como espetáculo. Atrás
dele, vem "World Trade Center", transcorrido em Nova
York naquele dia e com um
bombeiro (Nicolas Cage) como
fio condutor, com direção do
polêmico Oliver Stone. Produção da Paramount de US$ 60
milhões, o filme recriou o Ponto Zero em Los Angeles e estréia nos EUA em 9 de agosto.
Há ainda "Right at Your
Door", um thriller sobre um
casal e as conseqüências do
atentado em sua vida em Los
Angeles, que fez sucesso na última edição de Sundance.
(SD)
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