São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 2006

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Filme "libera" indústria para falar da tragédia

DO ENVIADO A NOVA YORK

Se, como filme, não vai revolucionar o cinema, "Vôo 93" tem o mérito de ser o boi de piranha de Hollywood que testará a reação do público à tal tragédia como entretenimento.
Não que tenha sido a primeira obra de ficção a tratar do assunto -houve um pequeno boom de produções feitas para a televisão nos meses seguintes ao 11 de Setembro. O ataque também aparece de forma tangencial, mas importante, em "A Última Noite" (2003), de Spike Lee.
Foi tema também de "Sábado", do britânico Ian McEwan, de "Extremely Loud and Incredibly Close", de Jonathan Safran Foer ("Tudo se Ilumina"), a história de um menino de nove anos cujo pai morre naquele dia, e de uma "graphic novel", "À Sombra das Torres Ausentes", de Art Spiegelman.
Mas "Vôo 93" é o primeiro produto tipicamente hollywoodiano a tratar apenas do tema, e como espetáculo. Atrás dele, vem "World Trade Center", transcorrido em Nova York naquele dia e com um bombeiro (Nicolas Cage) como fio condutor, com direção do polêmico Oliver Stone. Produção da Paramount de US$ 60 milhões, o filme recriou o Ponto Zero em Los Angeles e estréia nos EUA em 9 de agosto.
Há ainda "Right at Your Door", um thriller sobre um casal e as conseqüências do atentado em sua vida em Los Angeles, que fez sucesso na última edição de Sundance. (SD)


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