São Paulo, Terça-feira, 27 de Abril de 1999
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Kennedy estocou "habanos"

da Redação

Se o primeiro registro histórico dos fantásticos charutos cubanos ocorreu na primeva investida imperialista dos espanhóis na América, via Colombo, os anos 1960 testemunharam um episódio no mínimo curioso vivido pelo mais carismático chefe do imperialismo contemporâneo (o americano), o presidente John Kennedy.
No final de um belo dia de 1962 o charmoso presidente -que, entre uma e outra investida sobre o Vietnã, não deixava de fumar seus bons "habanos" (charutos cubanos)- chamou seu assessor Pierre Salinger para encarregá-lo de uma missão especialíssima: conseguir pelo menos mil charutos cubanos até a tenra manhã do dia seguinte.
Uma missão quase impossível -não fosse Salinger, ele também, um aficionado pelos charutos e conhecedor de todos os comerciantes da região, os quais ele mobilizou em poucas horas.
Sucesso: o dedicado auxiliar conseguiu 2.000 charutos, que levou a Kennedy às oito horas da manhã do dia seguinte, no mesmo salão oval onde recentemente Bill Clinton também utilizou charutos, embora com outros fins.
Afagando sua encomenda, o presidente Kennedy então mostrou ao assessor um documento que acabara de assinar: o decreto de embargo econômico contra Cuba, que seria divulgado naquele mesmo dia com intensa repercussão mundial.
Antes de proibir todos os cidadãos americanos de ter charutos cubanos em casa (proibição que segue rigorosamente cumprida até hoje, burlada apenas pelo câmbio negro), John Kennedy garantiu seu aprovisionamento pessoal de prazer -também na área do tabaco. (JM)


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