|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Kennedy estocou "habanos"
da Redação
Se o primeiro registro histórico
dos fantásticos charutos cubanos
ocorreu na primeva investida imperialista dos espanhóis na América, via Colombo, os anos 1960 testemunharam um episódio no mínimo curioso vivido pelo mais carismático chefe do imperialismo
contemporâneo (o americano), o
presidente John Kennedy.
No final de um belo dia de 1962 o
charmoso presidente -que, entre
uma e outra investida sobre o Vietnã, não deixava de fumar seus
bons "habanos" (charutos cubanos)- chamou seu assessor Pierre
Salinger para encarregá-lo de uma
missão especialíssima: conseguir
pelo menos mil charutos cubanos
até a tenra manhã do dia seguinte.
Uma missão quase impossível
-não fosse Salinger, ele também,
um aficionado pelos charutos e conhecedor de todos os comerciantes da região, os quais ele mobilizou em poucas horas.
Sucesso: o dedicado auxiliar conseguiu 2.000 charutos, que levou a
Kennedy às oito horas da manhã
do dia seguinte, no mesmo salão
oval onde recentemente Bill Clinton também utilizou charutos, embora com outros fins.
Afagando sua encomenda, o presidente Kennedy então mostrou ao
assessor um documento que acabara de assinar: o decreto de embargo econômico contra Cuba,
que seria divulgado naquele mesmo dia com intensa repercussão
mundial.
Antes de proibir todos os cidadãos americanos de ter charutos
cubanos em casa (proibição que
segue rigorosamente cumprida até
hoje, burlada apenas pelo câmbio
negro), John Kennedy garantiu
seu aprovisionamento pessoal de
prazer -também na área do tabaco.
(JM)
Texto Anterior: Estilo: Jô Soares lança charutos, que vivem novo boom Próximo Texto: Vernissage: MAC-USP sai de casa para se mostrar Índice
|