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CARACAS (2)
"Rua da fome" virou patrimônio cultural da Venezuela em 2007
FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS
Em Caracas, comer na rua
virou até tema do Ministério
da Cultura, que resolveu incluir a mais famosa "Calle del
Hambre" (rua da fome) na
lista dos patrimônios culturais do país em 2007.
Mas o que se encontra nos
quase 500 metros "tombados" de trailers, em Baruta,
não é nada venezuelano: os
reis da rua são os americaníssimos cachorros-quentes e
hambúrgueres, que ganham
toques "criollos", como abacate. Boa pedida é o hambúrguer de chuleta de porco,
com maionese, cebola e batata palha (R$ 14).
Há pouca arepa, o quitute
nacional, de "calle", mas é
uma delícia: uma massa redonda de milho, que pode vir
com vários recheios. A campeã é a de abacate com frango e maionese.
O que se encontra aqui e
ali em carrinhos, no centro
de Caracas, são as locais cachapas. Em um carrinho instalado na praça Candelária,
Juan Carlos Pérez moi milho
há dez anos, com sal e açúcar, para fazer a massa que
vai para a chapa e depois vira
uma espécie de crepe.
De sobremesa, os caraquenhos escolhem a chicha,
uma bebida de herança indígena, em versão incrementada. Feita de mingau de arroz,
com baunilha, açúcar e gelo
em pedaços, pode vir salpicada de canela ou coberta
com leite condensado.
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