São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

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CARACAS (2)

"Rua da fome" virou patrimônio cultural da Venezuela em 2007

FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS

Em Caracas, comer na rua virou até tema do Ministério da Cultura, que resolveu incluir a mais famosa "Calle del Hambre" (rua da fome) na lista dos patrimônios culturais do país em 2007.
Mas o que se encontra nos quase 500 metros "tombados" de trailers, em Baruta, não é nada venezuelano: os reis da rua são os americaníssimos cachorros-quentes e hambúrgueres, que ganham toques "criollos", como abacate. Boa pedida é o hambúrguer de chuleta de porco, com maionese, cebola e batata palha (R$ 14).
Há pouca arepa, o quitute nacional, de "calle", mas é uma delícia: uma massa redonda de milho, que pode vir com vários recheios. A campeã é a de abacate com frango e maionese.
O que se encontra aqui e ali em carrinhos, no centro de Caracas, são as locais cachapas. Em um carrinho instalado na praça Candelária, Juan Carlos Pérez moi milho há dez anos, com sal e açúcar, para fazer a massa que vai para a chapa e depois vira uma espécie de crepe.
De sobremesa, os caraquenhos escolhem a chicha, uma bebida de herança indígena, em versão incrementada. Feita de mingau de arroz, com baunilha, açúcar e gelo em pedaços, pode vir salpicada de canela ou coberta com leite condensado.


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