São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2010

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JOHANNESBURGO (8)

Pasta de purê de milho reina na África do Sul

FÁBIO ZANINI
DE JOHANNESBURGO

Nas ruas de Johannesburgo, quem reina é o pap. A fixação dos moradores da metrópole sul-africana pela pasta branca de purê de milho torna amador nosso fascínio pelo arroz com feijão.
E admitem sem constrangimento: pap não tem muito gosto. A menos que seja misturado a um cozido de frango ou carne.
Um prato de pap é simples de fazer, barato (25 rands; R$ 6) e sustenta. É o alimento por excelência das classes trabalhadoras negras e, geralmente, mais de uma pessoa come do mesmo prato.
Parte de seu charme é o ritual: com a mão direita (jamais a esquerda) pegue um pedaço de pap e o enrole como uma bolinha. Junte a um pedaço de carne, frango ou vegetais, de preferência embebidos em molho com peri-peri (uma pimenta forte com origem em Moçambique). E mande para dentro.
Em Durban, o pap disputa atenção com o bunnychow, trazido pela numerosa comunidade indiana: uma fatia cúbica de pão de forma, em que o miolo é substituído por curry. E nas áreas africaners (de descendentes de holandeses), não há como bater o boerewors, uma linguiça de boi temperada com pimenta, coentro e cravo.


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