São Paulo, sexta-feira, 27 de maio de 2011 |
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CRÍTICA SUSPENSE Elenco talentoso garante a diversão de "O Poder e a Lei" ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA Um dos personagens mais interessantes da literatura policial dos últimos anos é Mickey Haller, o advogado maquiavélico e escorregadio criado pelo escritor norte-americano Michael Connely. Haller não tem escritório. Prefere receber clientes dentro de um carro, um grande Lincoln Continental. O primeiro livro com o personagem, lançado em 2005, se chama justamente "The Lincoln Lawyer" (em tradução livre, O Advogado de Lincoln). O livro foi adaptado para o cinema e chega agora ao Brasil com o título genérico de "O Poder e a Lei". No filme, Haller (Matthew McConaughey) é contratado para defender o playboy Louis Roulet (Ryan Phillippe), acusado de tentar matar uma prostituta. Haller se diz vítima de uma armação. Sem entregar nenhuma surpresa, podemos dizer que o caso se revela bem mais complicado do que parece. Detalhes importantes da trama são revelados aos poucos, transformando o caso numa grande conspiração. O autor Michael Connely é um ex-repórter policial com talento para descrever as maquinações internas do sistema judicial. O roteiro consegue amarrar todas as tramas e ser claro sem parecer didático. "O Poder e a Lei" é um filme bem-feito, com uma trama intrincada e bons personagens. William H. Macy ("Fargo") faz um investigador que trabalha com Haller; Frances Fisher ("Titanic") interpreta a enigmática mãe de Roulet. Mas o destaque do elenco de apoio é Marisa Tomei, que faz a ex de Haller e sua rival nos tribunais. Qualquer filme com Marisa Tomei vale, pelo menos, uma olhada. A surpresa é mesmo McConaughey, que parece bem à vontade no papel do arrogante e manipulador Mickey Haller. Periga ser seu melhor papel no cinema. "O Poder e a Lei" não traz grandes surpresas; é um "thriller" de tribunal como muitos outros, que espalha pistas pelo caminho e onde tudo se resolve de maneira quase milagrosa no fim. Mas é divertido. Como os livros de Michael Connely. O PODER E A LEI DIREÇÃO Brad Furman PRODUÇÃO EUA, 2011 COM Matthew McConaughey, Marisa Tomei ONDE Cidade Jardim, Iguatemi Cinemark e circuito CLASSIFICAÇÃO 14 anos AVALIAÇÃO bom Texto Anterior: Cinema - Crítica/Comédia: País idílico contamina filme sobre amizade improvável Próximo Texto: Crítica/Drama: "Um Novo Despertar" peca por argumento implausível Índice | Comunicar Erros |
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