São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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Apesar de seus filmes, ator diz rejeitar o rótulo de "esquisito"

DO ENVIADO A AUSTIN

Do psicopata Mitch de "Na Linha de Fogo" ao perverso Valmont de "Ligações Perigosas", da moral sui generis de Ripley ao desassossego do Tom de "À Margem da Vida", é inegável: John Malkovich tem uma queda por personagens sinistros, de almas torturadas.
Daí para o rótulo de esquisitão, não demorou muito.
Bolsa hippie de couro atravessada no peito, camisa azul-marinho sem gola e paletó salmão com estampa que alterna bolinhas de borda rosa e interior azul com losangos amarelos (direto da grife by Malko, Technobohemian), ele questiona o folclore.
"Essa imagem de que só faço personagens bizarros é criação dos jornalistas. Tem a ver com trabalhos mais populares. Para mim, não significa nada. De qualquer forma, diria que a maioria das pessoas é estranha [sorri], e sou bem menos do que boa parte das que conheço."
E emenda: "O Valmont é bizarro? Não sei. A maior parte dos dramas não é baseada em 'Os Muppets', sabe? Normalmente, eles abordam temas mais sombrios, são feitos de matéria mais grave."
Como no filme "Quero Ser John Malkovich", nossa viagem insólita pela mente do ator chega ao fim. Na tela, os visitantes eram ejetados numa estrada de Nova Jersey.
Aqui, somos atirados na escaldante Austin, que tem como atração-mor a revoada, ao anoitecer, da maior colônia urbana de morcegos da América e pede, em camisetas, canecas e adesivos: "Keep Austin Weird!" (mantenha Austin esquisita). Malkovich está em casa. (LN)



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