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TV ABERTA
"Nove Rainhas" inaugura onda argentina no Brasil
O Genro
SBT, 14h.
(Son in Law). EUA, 1993. Direção: Steve
Rash. Com Pauly Shore, Carla Gugino. Ao
terminar o colégio, garota bem-comportada deixa sua Dakota do Sul
para fazer faculdade na Califórnia. Para
resumir, não demora para que ela deixe
de ser uma garota bem-comportada.
De Volta para o Presente
SBT, 16h.
(Blast from the Past). EUA, 1998. Direção:
Hugh Wilson. Com Brendan Fraser, Alicia
Silverstone. Jovem que vive por 35 anos
num abrigo nuclear, por conta da
paranóia dos pais durante a crise dos
foguetes em Cuba, resolve conhecer o
mundo exterior. Premissa promissora,
embora Wilson não seja nome capaz de
inspirar confiança. Vale uma espiada.
Caçadores de Emoção
Globo, 16h10.
(Point Break). EUA, 1992. Direção:
Kathryn Bigelow. Com Patrick Swayze,
Keanu Reeves. Agentes infiltram-se em
comunidade de surfistas na Califórnia a
fim de investigar um assalto. Swayze os
introduzirá na filosofia surfística.
A Relíquia
Record, 23h.
(The Relic). EUA, 1997. Direção: Peter
Hyams. Com Penelope Ann-Miller, Tom
Sizemore. Museu de Chicago recebe do
Brasil material coletado por
antropólogo, sintomaticamente sem
antropólogo. Deviam ter desconfiado,
pois ali existe um pó capaz de despertar
um mutante que dará trabalho.
Rebelde Até o Fim
Globo, 23h05.
(Commited). EUA, 2000. Direção: Lisa
Krueger. Com Heather Graham, Casey
Affleck. Após seu marido decidir ir ao
encontro dele mesmo, e assim pular fora
do casamento, mulher decide segui-lo.
Até chegar ao destino do homem, ela
encontrará um outro estilo de vida pela
estrada, um tanto bizarro.
Nove Rainhas
SBT, 0h.
(Nueve Reinas). Argentina, 2000.
Direção: Fabián Bielinsky. Com Ricardo
Darín, Gaston Pauls. Em Buenos Aires,
dois golpistas juntam-se para aplicar
grande golpe, vendendo uma série
raríssima de selos (só que falsificados).
Comédia que inaugurou a onda de filmes
argentinos no Brasil. Um belo filme.
Desejo de Vingança
Bandeirantes, 2h.
(Passionate Revenge). EUA, 1996.
Direção: Nicholas Medina. Com Paul
Michael Robinson, ShaUna O'Brien.
Durante uma viagem, homem casado
transa com garota que acabara de brigar
com o noivo. Depois, arrependido, ele sai
de fininho e volta para casa. A moça tem
problemas: seu noivo aparece
assassinado, ela fica possessa e acusa o
amante pela morte do amado.
O Retorno
SBT, 2h15.
(Homecoming). EUA, 1996. Direção:
Mark Jean. Com Anne Bancroft,
Kimberlee Peterson. Abandonadas pela
mãe, quatro crianças saem em
peregrinação em busca da avó, que pode
acolhê-las. Mas esta reluta. Feito para TV.
Os Filhos do Silêncio
Globo, 2h55.
(Children of a Lesser God). EUA, 1986.
Direção: Randa Haines. Com William
Hurt, Marlee Matlin. Professor
especialista em surdos-mudos se
envolve com aluna. Esse besteirol
embalou muita gente no Oscar.
Greystoke, a Lenda de Tarzã
SBT, 4h10.
(Greystoke). EUA, 1984. Direção: Hugh
Hudson. Com Christopher Lambert,
Ralph Richardson. Um Tarzã "sério". Ao
menos esse é o marketing. A rigor, o
encontro de dois talentos mais que
limitados: o diretor Hudson e o ator
Lambert. Só para SP. (INÁCIO ARAUJO E PAULO SANTOS LIMA)
TV PAGA
Ciclo retoma paixões autorais de François Truffaut
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Hoje acordamos com Truffaut. E, se não vamos dormir
com ele, ao menos podemos passar boa parte do dia com seus filmes. Segue a relação: "Na Idade
da Inocência" (8h15), "O Garoto
Selvagem" (10h05), "O Homem
que Amava as Mulheres" (11h35),
"A História de Adele H." (13h40) e
"A Sereia do Mississippi" (15h20),
no Telecine Classic.
Têm lá seus altos e baixos, esses
filmes, talvez não sejam o topo da
produção do francês. Mas o expressam perfeitamente e têm ligação profunda com sua biografia
romanesca.
Truffaut foi um grande diretor
de crianças. Amava-as e as compreendia, o que provavelmente
deriva do fato de que foi escorraçado pelos pais na infância (seu
primeiro longa se chama, no Brasil, "Os Incompreendidos", justamente). Dedicou-lhes vários filmes, como os dois primeiros
mencionados acima. Para dirigir
crianças é preciso compreendê-las, entrar em seu mundo, permitir que se expressem, em lugar de
impingir-lhes um comportamento ou palavras que não usariam.
"O Homem que Amava as Mulheres" é, de certa forma, o auto-retrato de Truffaut. Ele, pessoalmente, atribuía essa obsessão por
rabos-de-saia ao desprezo que recebera da mãe. Pode ser.
O fato é que ela o levou a se apaixonar loucamente por Catherine
Deneuve, a estrela de "A Sereia do
Mississippi". Ao ver o filme percebemos os cuidados que ele lhe
prodigou. O que não o impediu
de levar um fora estrondoso, que
o levaria a passar algum tempo
numa casa de saúde.
Assim, ao falar de Adele H., a filha de Victor Hugo, e de sua grande e destrutiva paixão, é em grande parte de si mesmo que Truffaut
está falando. Ou, para falar bem
resumidamente: isso é um autor
de cinema, aquele que persegue a
si mesmo em cada imagem que
produz. Isso é que é raro e difícil.
FESTIVAL TRUFFAUT. Quando: hoje, no
Telecine Classic.
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