|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para especialista, anúncio não diminui o valor dos músicos
DA REPORTAGEM LOCAL
Do ponto de vista publicitário, a associação com um artista
é normalmente bem-sucedida.
"Chama-se um artista de peso para criar uma música nova
especificamente para aquele
propósito. Isso é muito bom,
porque você integra o artista à
marca", afirma Manir Fadel, diretor de criação da agência Lew'Lara/TBWA.
Mas faz uma ressalva: "Muitas vezes gastamos uma grana
enorme para comprar uma música, e ela se torna maior do que
o comercial. As pessoas acabam
não se lembrando do produto.
Isso acontece direto".
Desde que a publicidade existe, ela utiliza músicas para vender produtos. No mercado brasileiro, são exemplos desde os
Mutantes/Shell até Mallu Magalhães/Vivo -artistas que emprestam canções a marcas.
O que é novidade no cenário
são os comissionamentos que
as empresas pagam aos artistas
para que eles criem canções especialmente para anúncios publicitários.
"O Tejo, do Instituto, fez uma
campanha grande da Brasil Telecom, criando a música-tema
do comercial", conta Mauricio
Tagliari, do selo Y/B Music.
"Mas ninguém pediu a ele que
fizesse um jingle. Deram liberdade ao Tejo. Isso não avilta em
nada o artista."
Tagliari cita os casos de Céu,
Luciana Mello e Mônica Salmaso, que já cantaram jingles para
campanhas publicitárias. "Mas
elas não estavam no estágio em
que estão agora. Hoje, provavelmente, só fariam se pagassem uma grana alta." Grana
que pode chegar a R$ 200 mil,
dependendo do anúncio.
(TN)
Texto Anterior: A alma do negócio Próximo Texto: Música: Do acaso, Little Joy chega ao sucesso Índice
|