São Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

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Para especialista, anúncio não diminui o valor dos músicos

DA REPORTAGEM LOCAL

Do ponto de vista publicitário, a associação com um artista é normalmente bem-sucedida.
"Chama-se um artista de peso para criar uma música nova especificamente para aquele propósito. Isso é muito bom, porque você integra o artista à marca", afirma Manir Fadel, diretor de criação da agência Lew'Lara/TBWA.
Mas faz uma ressalva: "Muitas vezes gastamos uma grana enorme para comprar uma música, e ela se torna maior do que o comercial. As pessoas acabam não se lembrando do produto. Isso acontece direto".
Desde que a publicidade existe, ela utiliza músicas para vender produtos. No mercado brasileiro, são exemplos desde os Mutantes/Shell até Mallu Magalhães/Vivo -artistas que emprestam canções a marcas.
O que é novidade no cenário são os comissionamentos que as empresas pagam aos artistas para que eles criem canções especialmente para anúncios publicitários.
"O Tejo, do Instituto, fez uma campanha grande da Brasil Telecom, criando a música-tema do comercial", conta Mauricio Tagliari, do selo Y/B Music. "Mas ninguém pediu a ele que fizesse um jingle. Deram liberdade ao Tejo. Isso não avilta em nada o artista."
Tagliari cita os casos de Céu, Luciana Mello e Mônica Salmaso, que já cantaram jingles para campanhas publicitárias. "Mas elas não estavam no estágio em que estão agora. Hoje, provavelmente, só fariam se pagassem uma grana alta." Grana que pode chegar a R$ 200 mil, dependendo do anúncio. (TN)


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