São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice NAS LOJAS Instrumental PINTANDO O SETE      ROGÉRIO CAETANO Não é por acaso que o goiano Rogério Caetano, 28, dedica seu primeiro CD solo a Dino Sete Cordas e Raphael Rabello: ele é um legítimo herdeiro da rica tradição dos violonistas de sete cordas do Brasil. E ainda a renova, com um punhado de boas composições. Rogerinho, como é conhecido, não se ilude com a destreza do polegar direito na sétima corda -fazendo as chamadas baixarias- e trabalha em favor das melodias e do conjunto dos músicos. POR QUE OUVIR: pela diversidade de opções que o CD oferece sem perder a qualidade: sambas, choros e valsas; momentos solo e formações robustas; virtuosismo e moderação. (LFV) GRAVADORA: Rob Digital. QUANTO: R$ 25, em média. Rock I WANT IT LOUD!     VÁRIOS A idéia inicial parecia delírio de bêbado: uma festa de rock que acontecesse em um antigo cinema pornô. Mas foi assim que a Loud!, no Rio, se estabeleceu como palco de bandas alternativas desde 1999. Esta compilação reúne 12 grupos de várias partes do país que já passaram -ou vão passar- pela festa. POR QUE OUVIR: com foco no Rio, estão presentes nomes essenciais da cena, como Nervoso (com influências da jovem guarda), Canastra e Netunos; de outras regiões, os excelentes Eddie (Olinda) e Wonkavision (RS). O encarte ainda tem HQs inspiradas pela Loud!. (BRUNO YUTAKA SAITO) GRAVADORA: Rastropop; distribuição: Tratore. QUANTO: R$ 30, em média. Samba PELA HORA     FUNDO DE QUINTAL Melhor conjunto de samba do país, o Fundo de Quintal consolidou, em 26 anos, um formato, assentado no som do trio de fundadores -Sereno (tantã), Ubirany (repique de mão) e Bira Presidente (pandeiro)- e em um repertório "para cima", com exaltações ao próprio samba. "Pela Hora" mantém essa linha com boas inéditas como "Pegar pelo Pé", "Benza Eu", "Madame" (de Zeca Pagodinho e Ratinho), "Som Original" e "Aguarda na Casa da Dirce". POR QUE OUVIR: o clima do CD é o de uma roda de samba, com partido-alto, alegria e nada de preocupação. Para quem gosta, prazer garantido. (LFV) GRAVADORA: Indie. QUANTO: R$ 28, em média. Rock/Pop I'M NOT DEAD    PINK Lembra do Denorex (do "Parece, Mas Não É?")? Assim é Pink. Mais roqueira que seu estilo cachorrona dá a entender, a cantora chega contestando George W. Bush ("Dear Mr. President") e a mulherada fútil ("Stupid Girls"). OK, só isso já a destaca nesse nicho feminino de largo alcance: vai de Avril Lavigne a Christina Aguilera. Bem produzido, o CD tem boas guitarras, em particular a de "Long Way to Happy". Os tempos da trilha de "Moulin Rouge" vão longe... POR QUE OUVIR: porque tem boas levadas, embora a história toda não convença muito como um manifesto contra o sistema. (MÁRVIO DOS ANJOS) GRAVADORA: Sony/BMG. QUANTO: R$ 30, em média. Choro/Hip hop BEATCHORO   BEATCHORO Quando um artista tem uma idéia revolucionária e faz música apresentando grandes novidades, sempre há quem diga que é ruim. Pode ser conservadorismo ou verdade. Como nesse Beatchoro, projeto do DJ Marcelinho que mescla choro, hip hop e eletrônica. POR QUE NÃO OUVIR: o disco parte de uma idéia ruim e atinge resultados piores. Nem bom choro ou hip hop, nem eletrônica interessante, é uma tentativa primária de inovar; revoluções não nascem de fórmulas ritmo A + ritmo B = novidade. (RONALDO EVANGELISTA) GRAVADORA: Trama. QUANTO: R$ 25, em média Texto Anterior: CDs - Pop rock: Nando Reis canta tonalidades do amor em "Sim e Não" Próximo Texto: Música: DVD vê Franz Ferdinand em clima forte de déjà vu Índice

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