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Crítica
Gitai sugere que conflito está na alma de Israel
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O que primeiro surpreende
em "Alila" (Telecine Cult,
1h20) é que ali não temos uma
Israel em guerra, atacando palestinos ou sendo atacada por
eles. É um país em plena normalidade, de certa maneira, o
que nos mostra Amos Gitai.
A plena normalidade não
existe em parte nenhuma ou
então não interessa filmá-la,
mas Israel é um país cuja alma
não é impossível que seja o
conflito. Interno ou externo.
Aqui, Gitai passeia entre personagens como o rapaz desertor,
o empreiteiro divorciado, a
amante etc.
Delicioso retrato de um raro
lugar em que um sobrevivente
do Holocausto pode não ser
mais que um incômodo (ainda
devem existir aos montes). Pelo menos para a mulher que
pretende construir um puxadinho e enfrenta a oposição do
velhinho.
Um pouco antes, uma opção
muito interessante: "Tropas
Estelares" (TNT, 0h), de Paul
Verhoeven. Aqui, também há
multidão de conflitos, mas eles
são mais da ordem do universo.
O resultado é quase o mesmo.
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