São Paulo, segunda-feira, 28 de maio de 2007

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Crítica

Gitai sugere que conflito está na alma de Israel

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O que primeiro surpreende em "Alila" (Telecine Cult, 1h20) é que ali não temos uma Israel em guerra, atacando palestinos ou sendo atacada por eles. É um país em plena normalidade, de certa maneira, o que nos mostra Amos Gitai.
A plena normalidade não existe em parte nenhuma ou então não interessa filmá-la, mas Israel é um país cuja alma não é impossível que seja o conflito. Interno ou externo. Aqui, Gitai passeia entre personagens como o rapaz desertor, o empreiteiro divorciado, a amante etc.
Delicioso retrato de um raro lugar em que um sobrevivente do Holocausto pode não ser mais que um incômodo (ainda devem existir aos montes). Pelo menos para a mulher que pretende construir um puxadinho e enfrenta a oposição do velhinho.
Um pouco antes, uma opção muito interessante: "Tropas Estelares" (TNT, 0h), de Paul Verhoeven. Aqui, também há multidão de conflitos, mas eles são mais da ordem do universo. O resultado é quase o mesmo.


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