São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

19º SPFW

Evento da moda comemora a partir de hoje seus dez anos de existência com tom romântico e pulso comercial

Fashionistas relembram início ingênuo

ERIKA PALOMINO
COLUNISTA DA FOLHA

Isabella Fiorentino comemora 15 anos de profissão na São Paulo Fashion Week com uma exposição que abre no dia 2 de julho com fotos novas de profissionais que trabalharam com a modelo nesse período, como Miro, Luis Crispino e Tripoli. Ela estava lá em 96. "No comecinho ia mãe, pai, família. Ficou um show", compara a modelo, lembrando-se dos tempos mais ingênuos da moda brasileira.
"O mais emocionante é perceber que houve uma transformação em quem trabalha com moda e vê moda. Tem uma semente plantada que é irreversível", diz o diretor Paulo Borges, que tem 25 anos de moda e diz que até hoje ainda se emociona com os desfiles. "Gosto de entrar no camarim antes do início, quando existe aquela tensão no ar."
Romantismos à parte, por trás da emoção da moda, o pulso comercial é que faz a engrenagem rodar. "De três anos para cá o evento tomou força nacional e internacional", avalia Mariana Penteado, diretora de merchandising da Daslu, que hoje vende 70 marcas brasileiras no espaço que é sinônimo de luxo internacional.
"A SPFW fez com que o mercado internacional conseguisse enxergar o que é a moda no Brasil", diz Fause Haten, um dos três presentes (com Herchcovitch e Walter Rodrigues) ao embrionário Phytoervas Fashion, de 94, também dirigido por Borges. Hoje Haten tem também linha masculina, de jóias e de óculos de sol.
Clô Horozco, da Huis Clos, vem operando uma das mais impressionantes viradas na moda de hoje, com desfiles de alta qualidade. Desta vez, ela homenageia a própria São Paulo Fashion Week, no sábado, num desfile especial com direção de Bia Lessa -"apesar de eu preferir sempre uma coisa mais intimista", diz a estilista.
"Acredito na cobertura da imprensa, no público... Isso ajuda no crescimento de qualquer um", diz Fábia Bercsek, que estreou na última temporada. Sim, sempre é bom lembrar que, antes da festa e do glamour, o maior evento de moda da América Latina é, antes de tudo, feito para jornalistas e profissionais especializados: "O principal é a comunicação", diz Fábia Bercsek.


Colaboraram André do Val, Sergio Amaral e Eduarda de Souza

Desfiles do dia
Ricardo Almeida, às 14h30; Alexandre Herchcovitch (feminino), às 15h30; Patachou, às 17h; Mario Queiroz, às 18h; Cia. Marítima, às 19h; Osklen, às 20h; Ellus, às 21h; onde: prédio da Bienal, no parque Ibirapuera (só para convidados)

Leia mais na Folha Online


Texto Anterior: 10 ANOS do calendário da moda
Próximo Texto: Revelação se distanciou "de todo mundo"
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.