São Paulo, terça, 28 de julho de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

HE GOT GAME

da Redação

Os malévolos do Public Enemy, papas do rap hardcore, estão de volta no primeiro álbum inédito depois de quatro anos -e primeira trilha sonora composta por músicas da banda.
"He Got Game" é dirigido por Spike Lee, o homem que é quase um gênero do cinema dos EUA. Nova York, basquete nas ruas, negros, discurso racial. Pouquíssimas vezes Lee fugiu a esses recursos para fazer seus filmes.
E raras também são as vezes em que rap não o serve para narrar -literalmente- os seus longas, o que se encaixa perfeitamente aqui com o Public Enemy, com histórico de 16 anos de engajamento.
Public Enemy ataca pesado, como na climática "Resurrection", autobiográfica, em que remete à reunião da banda, com participação de Master Killa, do poderoso Wu-Tang Clan.
Chuck D, líder do Public Enemy, chegando aos 40, continua com vozeirão sem mordaças, mesmo sampleando -artifício rapper por excelência que ficou caricato pela falta de criatividade de criaturas como Puff Daddy- "For What It's Worth", do Buffalo Springfield, em "He Got Game". Ou o tema de James Bond, em "Game Face". Assim fica até divertido.
O que se chama de música "de rua" nos EUA, aqui, é chamada "de periferia", ambas com realidades diversas, mas que ganha elo evangélico na messiânica "What You Need Is Jesus". (MN)

Lançamento: PolyGram



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.