São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2005

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REPERCUSSÃO

CARLOS ALBERTO DE NÓBREGA, humorista de "A Praça É Nossa":
"O Golias levou seu humor a três gerações diferentes. Tinha um respeito enorme pelo público e dava muita atenção às crianças -elas o adoravam. Nunca fez humor apelativo, e não contava piadas em cima das crenças religiosas ou políticas das pessoas."

HEBE CAMARGO, apresentadora do SBT:
"Golias foi gênio. Bastava ele aparecer com aquele semblante talhado para o humor para que a tela se iluminasse. Sua graça independia de texto. Fomos amigos por décadas. E, por incrível que pareça, sua imensa timidez não deixava que entrássemos em sua intimidade. Golias foi um ídolo que soube se manter distante da mídia. Era um homem compenetrado em suas tarefas. Estudava detalhe por detalhe a cena que traria a explosão do riso.

NAIR BELLO, atriz de "Bronco" e "Família Trapo":
"Ele era o maior comediante do mundo, e não apenas do Brasil. Sabia improvisar, com inteligência, e fazia o que mais gostava o tempo todo. Era engraçado não só na frente das câmeras mas também na vida real."

RENATO ARAGÃO, humorista:
"Prefiro não acreditar que isso é verdade. Fomos muito amigos, o admirava muito. Fizemos muitos programas juntos, como "Bronco", "A Praça da Alegria" e "É uma Graça Mora". Além de perder um amigo, perdi um mestre. Nossos encontros eram sempre uma festa. O elenco de grandes humoristas do Brasil está se acabando. Perdi um mestre e, o Brasil, uma referência do humor."

HERVAL ROSSANO, diretor:
"A TV brasileira está a cada dia mais pobre. Já morreram Francisco Milani, Zilca Salaberri e agora Ronald Golias, que, se não era o maior, era um dos maiores comediantes da TV. Sinto uma tristeza muito grande. Tive a honra de dirigi-lo e de ser seu companheiro no "Super Bronco" [programa exibido na Globo em 1979]. Ele vai fazer uma falta muito grande no "A Praça É Nossa" [SBT]."

CHICO ANYSIO, humorista:
"Quando Oscarito morreu [em 1970], achei que o Golias seria seu substituto. Mas ele não se interessou pelo cinema. Seu humor era sua própria pessoa: ninguém consegue imitá-lo. Trabalhamos poucas vezes juntos, em algumas cenas de "Família Trapo" e "A Praça da Alegria"."

RICARDO CÔRTE REAL, ator de "Família Trapo":
"Golias fazia rir mesmo quando estava sem texto. Sua própria cara e postura já eram hilárias."

MAX NUNES, diretor de TV:
"Ele deixou um exemplo, pois era uma pessoa disciplinadíssima, sempre caprichou no seu trabalho. Temos que torcer para que apareçam muitos Golias."

JUCA CHAVES, humorista, músico:
"Golias foi um dos grandes injustiçados da TV brasileira. Foi por causa da ignorância dos homens do setor artístico, diretores e publicitários que ele ficou um pouco esquecido."


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