São Paulo, quinta-feira, 28 de setembro de 2006

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Documentário

Programa foca "pai" de Zé Bonitinho

DA REPORTAGEM LOCAL

Há meio século, os tribunais e redações da Guanabara perderam uma promessa, mas o humor brasileiro ganhou um ás: Jorge Loredo, ou, para o grande público, Zé Bonitinho.
Formado em direito e comunicação, o ator só fez, na prática, um juramento: ao riso. Suas tiradas e "causos", além do relato da gênese do impagável machão, estão reunidos no documentário "Câmera, Close!", de Susanna Lira, que o GNT exibe hoje à noite.
Da infância no subúrbio carioca, Loredo, 80, resgata a dor causada pelo desprezo das moças: um problema nas articulações o forçava a andar de bengala, tornando o apelido de "perneta" inevitável. Mas ele foi à desforra. "Acho que o Zé Bonitinho é uma vingança contra essas mulheres", brinca.
A matéria-prima para o boquirroto conquistador, porém, veio de um certo Perigote, figura que circulava pelas ruas do bairro -pente em mãos, costeleta e bigode impecáveis- gabando-se do poder de sua lábia sobre as meninas. "Mas o Zé deu certo porque deixou de ser esse amigo dele e virou um personagem elaborado", palpita Chico Anysio, cicerone da estréia do galã na TV, em 1959.
Em meio a considerações louvatórias de Mateus Nachtergaele, Selton Mello e Marcello Antony, Loredo elucubra: "Desconfio que ele [Zé] seja impotente". (LUCAS NEVES)

CÂMERA, CLOSE!
Quando:
hoje, às 22h30
Onde: GNT


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