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Documentário
Programa foca "pai" de Zé Bonitinho
DA REPORTAGEM LOCAL
Há meio século, os tribunais
e redações da Guanabara perderam uma promessa, mas o
humor brasileiro ganhou um
ás: Jorge Loredo, ou, para o
grande público, Zé Bonitinho.
Formado em direito e comunicação, o ator só fez, na prática,
um juramento: ao riso. Suas tiradas e "causos", além do relato
da gênese do impagável machão, estão reunidos no documentário "Câmera, Close!", de
Susanna Lira, que o GNT exibe
hoje à noite.
Da infância no subúrbio carioca, Loredo, 80, resgata a dor
causada pelo desprezo das moças: um problema nas articulações o forçava a andar de bengala, tornando o apelido de
"perneta" inevitável. Mas ele
foi à desforra. "Acho que o Zé
Bonitinho é uma vingança contra essas mulheres", brinca.
A matéria-prima para o boquirroto conquistador, porém,
veio de um certo Perigote, figura que circulava pelas ruas do
bairro -pente em mãos, costeleta e bigode impecáveis- gabando-se do poder de sua lábia
sobre as meninas. "Mas o Zé
deu certo porque deixou de ser
esse amigo dele e virou um personagem elaborado", palpita
Chico Anysio, cicerone da estréia do galã na TV, em 1959.
Em meio a considerações
louvatórias de Mateus Nachtergaele, Selton Mello e Marcello Antony, Loredo elucubra:
"Desconfio que ele [Zé] seja impotente".
(LUCAS NEVES)
CÂMERA, CLOSE!
Quando: hoje, às 22h30
Onde: GNT
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